Participaram da coletiva quatro padres sinodais, um jovem auditor e o presidente do Dicastério para Comunicação do Vaticano
Da redação, com Vatican News
A um dia da leitura do documento final da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos para a juventude, o Cardeal Christoph Schönborn, o arcebispo de Armagh, Dom Eamon Martin, o arcebispo de Nyeri (Quênia), Dom Anthony Muheria, o padre Enrique Figaredo Alvargonzalez, o prefeito do Dicastério para Comunicação do Vaticano, Paolo Ruffini, e o auditor jovem, Erduin Alberto Ortega Leal, falaram sobre a reta final do Sínodo, durante coletiva de imprensa da Santa Sé nesta sexta-feira, 26.
“O caminho sinodal é o do discernimento. No final falará o Papa, como já falou. Mas primeiro vem a escuta”, afirmou o arcebispo de Viena e presidente da Conferência Episcopal Austríaca, Dom Schönborn. Ele também destacou o Sínodo como um grande sinal que precisa ser ouvido e transmitido. Dom Schönborn também recordou, em particular, o que lhe disse um jovem africano proveniente de um país abalado pela guerra civil: “A Igreja é a nossa única esperança, lugar de acolhida e de compreensão, onde podemos nos sentir em casa”.
Para Dom Eamon Martin, o Sínodo foi um momento de graça em que se sentiu a presença e o poder do Espírito Santo. “Agora essa força e essa alegria devem ser transferidas para as várias dioceses. Quando eu retornar ao meu país terei que ser um embaixador do Sínodo”, comentou. “A Igreja quer dirigir-se a todos os jovens do mundo. Quer trabalhar com jovens, não somente para os jovens. Eu volto para casa com a ideia de que serão os jovens os agentes de evangelização”, apontou Dom Martin.
Dom Anthony Muheria, afirmou esperar que deste Sínodo possa surgir uma nova chama que entusiasme os jovens. “Nós, bispos esperamos poder incendiar os jovens com o amor de Deus”, suscitou. Para o prelado, participar do Sínodo foi como ouvir uma maravilhosa orquestra. “No início, talvez parecia estar um pouco desafinada. Mas depois o Espírito Santo nos guiou em direção a uma grande sinfonia”, sublinhou.
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Na mesma linha, o padre Enrique Figaredo Alvargonzalez, prefeito apostólico de Battambang (Camboja), comentou que o Sínodo vem para trazer uma nova energia. “Certamente o Sínodo tem no próprio coração os jovens, a vocação, o discernimento e, portanto, teremos uma nova energia para os jovens entre os jovens. Esperamos que a Igreja seja rejuvenescida, mas será o Espírito Santo a nos guiar”, destacou.
Erduin Alberto Ortega Leal, jovem auditor e membro da Comunidade de Sant’Egidio (Cuba), reforçou que na Igreja os jovens não devem ser considerados como espectadores, mas verdadeiros protagonistas. “O mundo é atormentado por tantos problemas. Mas este mundo está focado apenas no presente. Os jovens, pelo contrário, precisam olhar para o futuro: O Sínodo nos deu a oportunidade de ouvir e ser ouvidos”, comentou.
Além da leitura do documento final do Sínodo para a Juventude, o jornalista Paolo Ruffini recordou que no sábado, 27, será votado parágrafo por parágrafo do documento. “O texto necessita de uma maioria qualificada para aprovação”, declarou. No briefing também foram apresentadas as estatísticas gerais sobre o Sínodo e dados sobre as redes sociais – facebook, twitter e Instagram –.