Sínodo 2018

Bispo e jovem brasileiros comentam experiências no Sínodo

Dom Vilson Basso e Lucas Galhardo falaram sobre a oportunidade de fala e escuta proporcionados pelos círculos menores do Sínodo

Julia Beck
Da redação, com colaboração de Lízia Costa e Huanna Mykaella 

Dom Vilson Basso e Lucas Galhardo/ Foto: Reprodução CN

O Sínodo dos Bispos, dedicado à juventude, está nesta quarta-feira, 10, em seu oitavo dia. Com 14 grupos linguísticos, bispos e auditores se reúnem na primeira das três etapas dos círculos menores – cada uma com a duração de dois dias – para tratarem de temáticas voltadas para as vivências e desafios dos jovens. Segundo Dom Vilson Basso, presidente da Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo da diocese de Imperatriz (MA), os círculos menores enriquecem profundamente a XV Assembleia Ordinária.

“No círculo menor todos podem falar e se manifestar com ainda mais tempo e liberdade”, contou Dom Vilson. Para valorizar o momento de diálogo, o bispo contou que é a primeira vez que um Sínodo teve seus círculos menores ampliados, totalizando 6 dias de trabalhos em grupo. “Dessa forma todo ele [Sínodo] é feito por uma grande participação de todos que aqui estão”, pontuou o bispo.

O coordenador da Pastoral Juvenil Nacional, Lucas Galhardo — que participou da reunião pré-sinodal em março deste ano, em Roma, e está presente no Sínodo como representante brasileiro —, falou sobre a experiência positiva vivida nestes dias da XV Assembleia Ordinária. “Estar aqui ouvindo a sabedoria de muitos vindo de distintas realidades, isso agrega muito”, comentou.

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Para Galhardo, os círculos menores ajudam os participantes jovens a compreenderem que suas realidades não são únicas no mundo. “Temos distintas realidades e culturas, por isso precisamos pensar que estamos aqui por todos. É muito positiva essa experiência de escutar, estamos aprendendo muito, sem dúvida, mas também de sermos ouvidos, já que temos a oportunidade de falar”, comentou.

O representante brasileiro contou que as intervenções para os padres sinodais e para os auditores jovens são de quatro minutos, e que a juventude participante não tem o poder de voto, mas tem a oportunidade de se expressar. “Ter essa oportunidade de falar e transmitir nossos sonhos, desejos e desafios é muito gratificante. (…) São nos círculos menores que conseguimos trazer um pouco sobre os jovens que viemos representar neste Sínodo”, concluiu Lucas.

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