GUERRA

Santa Sé ratifica tratado que protege civis da radiação atômica

O Observador Permanente da Santa Sé na ONU em Nova York pede a ratificação dos tratados pertinentes para proteger a segurança e a saúde dos civis da exposição à radiação atômica

O arcebispo Gabriele Giordano Caccia, Observador Permanente do Vaticano junto à ONU / Foto: Reprodução Youtube

Da redação, com Vatican News

“A Santa Sé clama de maneira veemente a ratificação do Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPNW, na sigla em inglês) e do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês).”

Isso foi expresso pelo Observador Permanente da Santa Sé na ONU, arcebispo Gabriele Caccia, ao discursar na 79ª Sessão do Quarto Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre “Item 48 da Agenda: Efeitos da radiação atômica” em Nova Iorque nesta segunda-feira, 21.

O arcebispo deu início às suas observações expressando o apreço da Santa Sé pelo trabalho significativo realizado pelo Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica (UNSCEAR) e por ter aumentado a conscientização sobre os efeitos e riscos da radiação, contribuindo assim para melhorias nos processos de tomada de decisão.

Esta pesquisa, o Observador Permanente ressaltou, “é essencial para apoiar os esforços globais para proteger a segurança e a saúde dos riscos associados à exposição à radiação ionizante.”

Consequências ambientais e de saúde

Dado o aumento significativo no uso da tecnologia nuclear, o Arcebispo Caccia alertou, “é crucial” que os Estados implementem políticas que considerem as potenciais consequências negativas à saúde e ao meio ambiente desses instrumentos.

Por esse motivo, ele expressou o apoio da Santa Sé ao programa de trabalho do Comitê, que coloca uma forte ênfase em uma variedade de preocupações relacionadas à saúde, incluindo o estudo dos efeitos da radiação ionizante nos sistemas circulatório, neurológico e imunológico do corpo.

“Ao priorizar a pesquisa nessas áreas importantes”, argumentou o Núncio Apostólico, “uma compreensão mais abrangente do impacto da radiação pode ser alcançada, facilitando assim a implementação de medidas eficazes para salvaguardar a saúde pública e o meio ambiente para as gerações futuras”.

Danos a mulheres e crianças

O Observador Permanente descreveu os sempre mais bem documentados “efeitos nocivos da radiação ionizante resultante do uso e teste de explosivos nucleares, particularmente nas mulheres, nas crianças, nos nascituros e nos povos indígenas”.

“A Santa Sé”, prosseguiu, “está alarmada com o risco significativo de uma libertação descontrolada de radiações ionizantes, particularmente no que diz respeito ao conflito em curso em torno da central nuclear de Zaporizhzhia, bem como nas proximidades da central nuclear de Kursk”.

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