ECONOMIA INCLUSIVA

Santa Sé pede uma abordagem construtiva e prosperidade a todos

O Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Ivan Jurkovič, destaca a importância de fazer a economia global chegar a todos e criar, assim, uma sociedade melhor

Da redação, com Vatican News

Arcebispo Ivan Jurkovič, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas / Foto: Reprodução Yotube

O arcebispo Ivan Jurkovič, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas em Genebra, apelou ao Comitê Preparatório (PrepCom) para a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD 15, na sigla em inglês) para que se engaje construtivamente no caminho para garantir “Prosperidade para todos” — lema da UNCTAD.

Discursando nesta sexta-feira, 11, na segunda sessão do Comitê Preparatório, o arcebispo observou que a UNCTAD 15 apresenta uma “ocasião única para coordenar esforços mundiais por um futuro mais saudável após a pandemia e suas consequências que expuseram sérias deficiências nos aparelhos da globalização” com impactos duradouros nos esforços futuros, especialmente nos países em desenvolvimento.

A partir dessa perspectiva, continuou ele, a UNCTAD 15, programada para 25 a 30 de abril de 2021 em Barbados, “proporcionará a primeira oportunidade para a comunidade de desenvolvimento alinhar a Agenda 2030 com o ‘novo normal’ global”.

A UNCTAD trabalha em torno da prosperidade a todos

O arcebispo Jurkovič destacou que desde o seu início a UNCTAD tem sido a “voz multilateral mais forte disponível à comunidade das nações em desenvolvimento, proporcionando um impulso constante para reformar o sistema econômico global”. Dessa forma, ela existe com o objetivo de fazer “o sistema econômico global funcionar para todos”, embora as projeções sombrias do impacto da Covid-19 façam essa meta parecer mais distante do que nunca.

Recordando o lema da UNCTAD, “Prosperidade para todos”, Dom Jurkovič destacou que embora as consequências da crise atual se estendam para além do domínio financeiro nas esferas econômica, social e cultural, a comunidade internacional não pode permitir que o sistema financeiro continue a ser uma fonte da instabilidade econômica global. Em vez disso, “deve tomar medidas urgentes para evitar a eclosão de outras crises financeiras”, insistiu o religioso.

Dom Jurkovič continuou a enfatizar a necessidade de “transformar as abordagens globais para o comércio e o desenvolvimento” a fim de traçar um curso sustentável para uma melhor recuperação. Destacou ainda que, em vez de “reconstruir melhor”, precisamos “reconstruir alguns aspectos inteiramente, do zero”.

A esse respeito, o arcebispo reiterou que “é imperativo que a Conferência de Barbados marque o início de uma nova e decisiva década de desenvolvimento, aprendendo com as lições e oportunidades perdidas dos anos anteriores” porque, para muitos, “voltando aos negócios como sempre ‘não é mais uma possibilidade'”.

Não há tempo à indiferença

Insistindo que “este não é um momento para indiferença porque o mundo inteiro está sofrendo e precisa se unir para enfrentar a pandemia”, o Dom Jurkovič expressou seu desejo de que as pessoas em situações vulneráveis que vivem às periferias não sejam abandonadas.

Solicitou assim que a delegação da Santa Sé seja incluída na Consulta do Bureau Ampliado para a UNCTAD 15, a fim de fornecer uma contribuição concreta para o próximo documento ministerial.

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