A Comissão das Nações Unidas sobre a Mulher enfatiza a importância de criar um mundo justo e afável às mulheres e meninas
Da redação, com Vatican News
A 65ª sessão da Comissão das Nações Unidas sobre o Status da Mulher (CSW) está sendo realizada desde 15 de março e deve terminar nesta sexta-feira, 26. Representantes dos Estados Membros, entidades da ONU e ONGs de todas as regiões do mundo foram convidados a participar da sessão, que devido às restrições da Covid-19, está ocorrendo, principalmente, virtualmente.
Representando a Santa Sé está a Dra. Francesca Di Giovanni, Subsecretária para o Setor Multilateral da Seção de Relações com os Estados da Santa Sé.
Violência contra mulheres e meninas
Dando início à sua declaração, Di Giovanni observou que esforços significativos levados a cabo em nível local, nacional e internacional “para prevenir e punir a violência contra mulheres e meninas” nos últimos 25 anos, desde a Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, que “prestou um grande serviço ao destacar a violência contra mulheres e meninas”.
No entanto, “há mais a ser feito em muitos lugares”, afirmou. Mulheres e meninas sofrem abuso e exploração por meio do tráfico de seres humanos. “Muitas são agredidas, estupradas, exploradas e, às vezes, até forçadas a abortar”.
Prestar auxílio às vítimas deve envolver garantias de seguranças, fornecer-lhes assistência psicossocial, médica, financeira e jurídica. Tudo isso sem deixar a violência impune”. Observou ainda que há milhares de instituições sociais católicas oferecem esse apoio, mesmo durante a pandemia.
Participação das mulheres na vida pública
Sobre a participação das mulheres na vida pública, Di Giovanni disse que “a Santa Sé afirma a importância e a urgência da promoção das mulheres”. “Muitas sociedades infelizmente ainda estão longe de refletir claramente a igual dignidade das mulheres”, lamentou.
Explicou que a inclusão das mulheres na vida pública significa honrar cada uma delas em todos os aspectos. “Devemos almejar a equidade entre mulheres e homens para que possamos construir uma relação nova e justa entre eles”, ponderou.
Desenvolvimento humano integral, mulher e educação
Concluindo sua declaração, a responsável da Santa Sé falou acerca da importância de “garantir que todas as meninas e mulheres tenham acesso à educação”. Isto é indispensável, disse ela.
“Quanto melhor a educação que recebem, maiores são as oportunidades que se abrem a elas. Isto beneficiará futuras gerações, pois as mães instruídas têm mais condições de mandar seus próprios filhos para a escola, quebrando o ciclo da pobreza e da exclusão”. Por fim, alertou: “O desenvolvimento humano integral precisa da voz e das experiências das mulheres”.