Igreja celebra dia de São João Evangelista nesta sexta-feira, 27; autor do quarto Evangelho, santo é considerado o discípulo amado
Fernanda Lima
Da Redação
Pintura de São João Evangelista no Monastero del Sacro Speco / Foto: Wikimedia Commons
Apresentado na Sagrada Escritura como “o discípulo que Jesus amava”, São João Evangelista participou de quase todos os momentos da vida de Cristo, e sua santidade é celebrada pela Igreja nesta sexta-feira, 27.
São João Evangelista presenciou a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração e a aflição no Monte das Oliveiras. Ainda esteve na última ceia e aos pés da cruz ao lado da Virgem Maria. João é chamado de “Evangelista” porque escreveu o quarto Evangelho, três epístolas e o livro do Apocalipse.
Padre Francisco José da Silva / Foto: Arquivo Pessoal
Padre Francisco José da Silva, pároco da igreja São Paulo Apóstolo em São José dos Campos (SP), afirma que São João Evangelista, além de ser próximo de Jesus, era dono de uma personalidade forte. “Era chamado por Cristo de ‘filho do trovão’. Ao se denominar o discípulo que Jesus amava, faz-nos compreender que nos basta ser fiel a Deus e testemunhar seu amor para também sermos discípulos amados de Cristo”, expressa.
Viver a esperança
O livro do Apocalipse, escrito por São João, significa “revelação”, indicando uma mensagem de esperança. Padre Francisco esclarece detalhes importantes a este respeito. “O livro do Apocalipse tem como narrativa a batalha entre o bem e o mal. No final, o bem vence. Dessa forma, é possível entender que a nossa esperança se dá em Cristo. O cordeiro imolado, o bem que sempre vai vencer”, salienta.
“Viver a esperança é entender que, mesmo diante das dificuldades e dos sofrimentos, se confiarmos em Deus, encontraremos sempre a vitória”, frisou o sacerdote. Ele acrescentou ainda a importância de o cristão não desistir diante das dificuldades. “Onde há esperança não há desistência”.
O sacerdote também recorda a passagem bíblica em que João está aos pés da cruz (Cf Jo 19,25). “Esse relato nos ajuda a entender que se permanecermos firmes até a cruz, nunca estaremos sozinhos. Foi a partir de João que também ganhamos uma mãe : a Virgem Maria. Confiemos na esperança, que é o próprio Jesus, pois ela nunca decepciona”, concluiu.
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