Movimento dos Focolares

Postulador comenta centenário do nascimento de Chiara Lubich

Padre Silvestre Marques sublinha que mundo vive, no centenário de Chiara Lubich,  situação “muito idêntica” àquela que acompanhou o nascimento do carisma Focolares

Da redação, com Agência Ecclesia

/ Foto: Movimento dos Focolares

O Movimento dos Focolares vive o centenário do nascimento da sua fundadora, Chiara Lubich. Em um contexto de pandemia, o  postulador da Causa de Canonização da italiana, cônego Silvestre Marques, recordou que o momento se assemelha com o período de dificuldades enfrentado durante o surgimento do Movimento dos Focolares, após a II Guerra Mundial. “Celebrar para encontrar” é o tema que inspira esta ocasião que, na opinião dos responsáveis pelo Movimento, “pretende ser mais que uma simples evocação histórica”.

Chiara Lubich, que nasceu na cidade italiana de Trento a 22 de janeiro de 1920; viria a consagrar-se a Deus em 1943, propondo o ideal da unidade e fundando posteriormente o movimento dos Focolares. “Estabelecer hoje uma relação com Chiara, é sobretudo encontrá-la no seu carisma”, afirmou  Marques. O sacerdote português sublinha o fato de, no centenário de Chiara Lubich, o mundo viver uma situação “muito idêntica” àquela que acompanhou o nascimento do carisma.

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“Em 1943, quando Chiara se consagra a Deus, vivia com as suas companheiras, confinada sob os bombardeamentos da II Guerra Mundial que fustigavam Trento no norte de Itália. Agora vivemos confinados por um vírus que volta a despertar as mesmas interrogações…”, observou padre Marques.

Na época, as bombas não destruíam apenas edifícios, destruíam uma sociedade, a economia, os laços de amizade e familiares, uma realidade que levou a fundadora do Movimento dos Focolares a uma conclusão: “Tudo passa, tudo é vaidade das vaidades…”, lembrou o postulador da causa. O padre afirma que a constatação gerou em Chiara Lubich, também uma pergunta sobre um “ideal que não passe”. O sacerdote considera que o início deste ano de 2020 trouxe “a mesma pergunta”.

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“Podemos morrer de um momento para o outro, ser atingidos por uma calamidade ainda maior, não sabemos o que nos espera nos próximos meses e, portanto, o contexto é idêntico”, indica o cônego Marques. Segundo o padre, o capítulo 17 do Evangelho de São João apresenta a expressão que inspirou Chiara Lubich ao definir o ideal da unidade, centro do carisma do Movimento dos Focolares: “Pai, que todos sejam um… como tu e eu somos um”. “Chiara não tem um carisma meramente espiritual, ela sublinha a santidade coletiva de um saber-se chamados à santidade”.

O postulador da Causa de Canonização prosseguiu: “Chiara sente que o apelo a que todos sejam um, é para se aplicar à política, à cultura, à economia, é para se aplicar às igrejas, aos credos”. O sacerdote da Arquidiocese de Évora, um dos responsáveis internacionais do Movimento dos Focolares, salienta que o ideal da unidade é também coincidente com o projeto europeu. “O ideal que nasce no coração desses homens cristãos que fundaram a União Europeia é precisamente o ideal da unidade”.

Em novembro de 2019, na catedral de Frascati (Itália) concluiu-se a fase diocesana do Processo Canonização de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, hoje presente em 182 países, dos cinco continentes.

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