Diante de “gravíssimos problemas que estão surgido” na produção e distribuição das vacinas contra a Covid-19, Pontifícia Academia para a Vida emitiu nota
Da Redação, com Pontifícia Academia para a Vida
A Pontifícia Academia para a Vida divulgou uma nota nesta sexta-feira, 22, sobre a distribuição das vacinas contra a covid-19. Diante de “gravíssimos problemas que estão surgindo” na produção e distribuição desta vacina, o organismo destaca a necessidade de “sistemas apropriados de transparência e colaboração”.
O texto recorda a fala do Papa Francisco na mensagem Urbi et Orbi no Natal passado: “Peço a todos, nomeadamente aos líderes dos Estados, às empresas, aos organismos internacionais, que promovam a cooperação, e não a concorrência, na busca duma solução para todos: vacinas para todos, especialmente para os mais vulneráveis e necessitados em todas as regiões da Terra. Em primeiro lugar, os mais vulneráveis e necessitados!”.
A nota também menciona outro documento, de 29 de dezembro passado, assinado pelo organismo em conjunto com o dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. Neste documento, falava-se sobre as modalidades para que a vacina seja um bem comum de todos.
“Devem ser promovidos e sustentados acordos internacionais para administrar patentes de forma a favorecer o acesso de todos ao produto para evitar possíveis curtos-circuitos comerciais, também para manter o preço baixo no futuro”, destaca a Pontifícia Academia para a Vida. A nota de hoje também pede colaboração na produção industrial da vacina: uma colaboração entre Estados, indústrias farmacêuticas e outras organizações, de modo que a produção seja simultaneamente realizada em diferentes áreas do mundo.
“Deve-se evitar que alguns países recebam a vacina muito tarde por causa de uma redução de disponibilidade devido à compra prévia de grandes quantidades pelos países mais ricos. A distribuição da vacina requer uma série de instrumentos para alcançar os objetivos acordados em termos de acessibilidade universal. Um apelo aos governos nacionais e às organizações da União Européia e da OMS para que tomem medidas neste sentido parece sempre mais forte e urgente”, informa a nota.