Estado do Texas executou um homem no corredor da morte. Dom Frank Dewane, da Flórida, reafirmou a posição da Igreja Católica sobre a pena de morte
Da redação, com Vatican News
Morto por uma injeção letal, na última quarta-feira, 21, Larry Swearingen, de 48 anos, tornou-se o 12º homem a ser executado no corredor da morte este ano. Sua execução aconteceu 19 anos após ser preso, acusado, em 1998, por ter estuprado e assassinado Melissa Trotter, de 19 anos.
A Igreja Católica há muito considerou a pena capital uma “resposta apropriada à gravidade de certos crimes e um meio aceitável, embora extremo, de salvaguardar o bem comum” (CCC 2267).
Em agosto de 2018, porém, o Papa Francisco ordenou uma nova revisão no Catecismo da Igreja Católica acerca da pena de morte. Dom Frank Dewane, do estado da Flórida, presidente do Comitê da Paz e Desenvolvimento Humano da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos ponderou a respeito do assunto.
“A posição da Igreja sobre a pena de morte foi recentemente articulada com muita clareza pelo Papa Francisco ao dizer que se trata de algo ‘inadmissível’”, disse o religioso. “Porque é em si um ataque à inviolabilidade e também à dignidade da pessoa humana”, reiterou.
A revisão no Catecismo ainda diz que “sistemas mais efetivos de detenção já foram desenvolvidos, que garantem a proteção dos cidadãos e que, ao mesmo tempo, não privam o culpado da possibilidade de redenção”, explicou.
Para Dom Dewane, a pena de morte não é efetiva. “Porque, sendo justo, é necessário que um castigo tenha a dimensão da esperança e também tenha a reabilitação como objetivo. A pena de morte passa longe disso. Sequer chega perto”, afirmou.
O bispo acrescentou que, embora ela exista há algum tempo, as estatísticas mostram que a pena de morte não agiu como um impedimento, como algumas pessoas podem sugerir.
Em julho de 2019, os Estados Unidos anunciaram a volta da pena de morte em nível federal. A Igreja Católica continua trabalhando com determinação pela abolição da medida em todo o mundo.