COOPERAÇÃO

Parceria CNBB e IPHAN garante proteção dos bens culturais da Igreja

Em Brasília, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional firmaram um novo acordo de cooperação técnica, para preservação de patrimônio cultural.

Reportagem de Gabriela Matos e Ersomar Ribeiro

O primeiro acordo de cooperação técnica firmado entre a CNBB e o IFAN buscou identificar o patrimônio cultural, estabelecer regras de intervenção e incentivar a conservação dessas propriedades. O novo acordo segue esta proposta e apresenta novos planos, atendendo a diversas demandas atuais. 

O presidente do IPHAN, Leandro Grass, explicou a iniciativa. “Esse acordo de cooperação representa uma parceria importante, porque embora os bens sejam tombados, são reconhecidos como patrimônio, cada paróquia é dona da sua igreja, cada diocese tem a sua responsabilidade, cada ordem religiosa da mesma forma. O IPHAN analisa, orienta, apoia e nesse momento a gente tem uma série de possibilidades de recursos, de iniciativas que podem fortalecer essa parceria”. 

O assessor do Setor de Cultura e Bens Culturais da CNBB, padre Luciano Silva, apontou. “A continuidade, consolidação da identificação e catalogação dos bens culturais móveis e também a adequação litúrgica dos espaços religiosos. E além disso também a possibilidade da criação de um fundo nacional para autogestão em vista deste patrimônio cultural nacional”.

A CNBB destaca que o patrimônio cultural da Igreja Católica representa hoje mais de 32% dos bens tombados pelo IPHAN, o que reforça a importância de ações específicas voltadas à sua preservação e gestão. Já o IPHAN ressalta que o novo acordo representa um passo importante rumo à união e ao fortalecimento da proteção do patrimônio cultural, religioso e histórico do país.

Os bens culturais eclesiásticos são compostos pelo acervo do patrimônio religioso, artístico, histórico e cultural que a igreja produziu a partir da ação evangelizadora, valendo-se da cultura de diversos povos. 

“É importante também reconhecermos o papel fundamental das dioceses e arquidioceses neste trabalho ligado ao patrimônio cultural com a criação das comissões de bens culturais da Igreja diocesana que são também sujeitos nesta ação da promoção, proteção e salvaguarda do patrimônio cultural”, concluiu o padre.

O acordo foi assinado na sede da CNBB em Brasília durante reunião do Conselho Permanente da Conferência.

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