Dom Mário Antônio da Silva, Dom Jaime Spengler e Dom Walmor Oliveira concederam a última coletiva da 58ª AG CNBB
Thiago Coutinho
Da redação
Nesta quinta-feira, 16, teve fim a 58ª Assembleia Geral da CNBB. Três expoentes do episcopado brasileiro, dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima (RR); dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e primeiro vice-presidente da CNBB; e dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (BH) e presidente da CNBB, conduziram a conversa com os jornalistas em uma plataforma digital.
“Não foi uma mera Assembleia, mas sim uma Assembleia histórica. Uma nobre Assembleia, pela sua maneira, trativa e pelos frutos que surgirão à frente”, afirmou Dom Mário.
O arcebispo de Roraima não se incomodou com o fato de se tratar de uma reunião feita em caráter exclusivamente digital. “Verdade que se tratou de uma reunião on-line, mas foi tão frutuosa que respondeu a este momento de pandemia, para respeitar a responsabilidade de evitarmos as aglomerações”, ponderou.
Gratidão
A tônica para esta assembleia, segundo os bispos, foi a gratidão. “Havia uma expectativa em torno da realização desta Assembleia”, recorda dom Jaime Spengler.
A experiência de se realizar um evento deste porte, com centenas de bispos, espectadores e jornalistas conectados, transcorreu melhor do que o previsto pelos religiosos. “Podemos dizer que é possível, sim, utilizar esta plataforma digital”.
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Proporciona redução de custos e um exige uma presença não menos importante do que estar presente de fato, assegurou.
“Chego a esta conversa cheio de gratidão. E quando chegamos assim, o mistério do amor de Deus transborda”, emendou Dom Walmor. “Foi um encontro de pastores e servidores do povo de Deus. Fizemos um caminho de quatro dias e meio com muita qualidade. Precisávamos fazer assim, para resgatarmos o sentido do respeito à vida de cada pessoa. A pauta é extensa, mas a cumprimos. Com debates, encaminhamentos e decisões tomadas”, pontuou.
Fé e ciência
A realização da 58ª AG CNBB foi também uma prova de que ciência e fé podem andar de mãos dadas. “Fé e ciência juntos podem ajudar”, enalteceu dom Jaime.
Além disto, o religioso enfatizou o momento de dificuldades, mas também de muita solidariedade posta em prática pelo povo brasileiro. Foi um sinal de que a Igreja não poderia se calar diante das dificuldades que se abateram pelo povo, especialmente o mais carente.
“É difícil não encontrar uma família que não tenha sido atingida pelo vírus ou sua consequência mais radical, a morte. Há também a falta de vacinas, que atinge a todos. O grande número de pessoas em situação de rua. Por isso, nós, enquanto pastores, não podemos nos calar. Quando a vida é machucada e ferida, não podemos nos calar ou ficarmos indiferentes”, reforçou dom Jaime.