Missa

Ação de Graças: gratidão e compromisso, lembra Dom Joel em homilia

Na missa do quinto dia da 58ª Assembleia Geral, bispo afirmou que o compromisso e a missão são consequências da Ação de Graças

Denise Claro
Da redação

Dom Joel Portela durante missa no último dia da 58ª AG da CNBB/Foto: CNBB

A missa do quinto e último dia da 58ª Assembleia Geral dos bispos foi celebrada pelo secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Joel Portella Amado.

O bispo, que é auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, lembrou logo no início da Missa que esta Assembleia se deu totalmente de forma virtual e agradeceu a todos que trabalharam nestes dias.

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Desafio

No início de sua homilia, o prelado afirmou que este último dia de Assembleia é um dia de agradecimento pela vitória nos desafios:

“Todas as vezes que nos propomos a fazer algo novo, ‘bate uma insegurança’. Após todos esses anos de forma presencial, com todo um Estatuto que nos orienta a como proceder em cada detalhe, nos vimos de repente diante de uma realidade virtual, tendo que aprender a fazer muita coisa. Agora, depois de quatro dias, vimos que de fato é possível. Quando nos empenhamos e confiamos no Senhor, o trabalho acontece.”

Dom Joel salientou que os bispos sentem falta do encontro presencial, dos abraços, como todos no país.

“Sentimos falta de nos encontrar, de nos abraçar, de encontrar os devotos da Mãe Aparecida que nos cumprimentavam nos dias da Assembleia”.

Mas o sentimento maior, disse o bispo, é o de Ação de Graças a Deus, que com Sua condução, mostra o caminho para este tempo.

Liturgia

Dom Joel afirmou que a Palavra de Deus deste dia ensina que essa Ação de Graças colocada no altar necessariamente se transforma em missão.

“Quando eu agradeço, eu me comprometo. São os dois lados: gratidão e compromisso. Se Deus nos dá tanto, nossa resposta só pode ser uma: a da Missão e a do Anúncio do Evangelho. Isso aconteceu nos quatro dias, e vai acontecer também ao longo deste último dia”.

O bispo lembrou que os tópicos mais gerais já foram discutidos no início da Assembleia, e agora os bispos se debruçam sobre os mais específicos.

Reconhecimento

Em sua homilia, Dom Joel afirmou que é importante fazer alguns reconhecimentos. Ao comentar o episódio da multiplicação dos pães, o bispo lembrou as figuras centrais deste acontecimento. Jesus, os apóstolos, o menino, a multidão. A realidade estava posta diante deles, havia uma desproporção. Mas foi Jesus que foi sensível à dor e a necessidade daquele momento.

“Por isso é tão importante estarmos em Assembleia, nos reunirmos para ouvir o Senhor. Foram dias de uma grande escuta do Senhor.”

O bispo lembrou que, como São Filipe, é preciso reconhecer que há poucos recursos, poucos instrumentos, para que Deus possa reforçar a missão de cada um.

A promessa de Jesus “Eu vou estar com vocês até os fins dos tempos” se realiza.

“Somos menores e mais desprovidos do que aquele menino dos pães e peixes, porque talvez a mãe zelosa lhe tenha feito uma ‘merenda maior’. O que importa é que o pouco que nós temos, colocamos diante do Senhor. E o resultado é fantástico.”

Igreja no Brasil

Dom Joel recordou que a Igreja no Brasil já passou por muita coisa, e que apesar das diferenças e dificuldades, o mais importante é não estabelecer uma contenda contra Deus.

“Tudo desaparece diante da alegria da missão.”

O bispo concluiu, então, falando sobre este final de Assembleia:

“Se alguém me perguntasse ‘o que fica deste encontro?’, eu responderia: Fica a responsabilidade  por nos tornarmos ainda mais missionários. Em meio às dificuldades, anunciar o Reino de Deus, o Reino da Vida, o Reino da Paz.”

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