Num evento por ocasião da eleição do Papa nas Nações Unidas, em Nova York, o Cardeal Parolin reafirmou o compromisso da Santa Sé em promover a paz
Da redação, com Vatican News

O secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin / Foto: Reprodução Vatican News
A Santa Sé, sob a liderança de Leão XIV, está comprometida em trabalhar ao lado de representantes das nações “para promover a dignidade humana, proteger os vulneráveis e construir pontes onde a desconfiança pode prevalecer”.
Foi o que disse o secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, nesta segunda-feira, 19, em seu discurso proferido nas Nações Unidas, em Nova York, durante um evento por ocasião da eleição do Papa, organizado pelo observador permanente, dom Gabriele Caccia. A escolha de um novo Pontífice é uma oportunidade “de renovação, não apenas para os católicos, mas para todos aqueles que buscam um mundo com mais justiça, solidariedade e paz”, disse o cardeal Parolin. Ele espera que a Santa Sé e os representantes das nações possam caminhar “juntos, inspirados pela esperança e visão do Papa Leão”, que já “em seus primeiros dias como Sucessor de Pedro, expressou seu profundo compromisso com a construção de pontes, enfatizando a necessidade de se encontrar, dialogar e negociar”.
“Que possamos, juntos, responder ao apelo do Santo Padre e nos tornar aqueles que semeiam a paz que durará na história, não aqueles que provocam vítimas”, disse o cardeal Parolin, citando um discurso recente de Leão XIV.
Construir uma diplomacia do encontro
Num mundo “marcado por divisões, conflitos e problemas globais urgentes – por mudanças climáticas, migração e inteligência artificial”, o novo Papa “nos convida a abraçar uma diplomacia do encontro”, insiste o secretário de Estado. Isso significa uma diplomacia “que escuta com humildade, age com compaixão e busca o bem comum acima de tudo”. Portanto, continua Parolin, “a Santa Sé reafirma seu apoio total à missão das Nações Unidas” de ser “um fórum onde os Estados se comprometam com o diálogo, fazendo ouvir as vozes de seus povos, e onde são forjadas as soluções para os maiores desafios da humanidade”.
O Vaticano também reconhece o importante papel dos diplomatas e representantes das nações em “tecer o tecido da cooperação internacional” e “promover a paz e a justiça, muitas vezes diante de grandes complexidades”, destaca Parolin. A Santa Sé, também em consonância com o Papa, deseja continuar contribuindo para essa missão, oferecendo “sua voz moral em defesa dos pobres e necessitados, e na busca da paz e do desenvolvimento humano integral”.