Em coletiva de imprensa, membros da Comissão dos Novos Mártires – Testemunhas da Fé apresentaram trabalho realizado e detalhes da Missa no domingo, 14
Da Redação, com Vatican News

Foto: Reprodução Vatican News via YouTube
Os membros da Comissão dos Novos Mártires – Testemunhas da Fé apresentaram seu trabalho em uma coletiva de imprensa realizada na Sala de Imprensa da Santa Sé nesta segunda-feira, 8. Entre os temas abordados, os participantes da audiência anunciaram que mais de 1600 mártires e testemunhas da fé do século XXI foram reconhecidos pela comissão instituída pelo Papa Francisco em 2023.
O continente com mais mártires neste século é a África: ao todo, 643 pessoas foram mortas por causa de seu testemunho de fé. Foram reconhecidos ainda 357 mártires na Ásia; 304 na América; 277 no Oriente Médio; 43 na Europa; e 110 em outras partes do mundo. As histórias estudadas são vidas que testemunham a perseguição religiosa, a violência de organizações criminosas, a exploração de recursos naturais, ataques terroristas, conflitos étnicos e outras causas pelas quais os cristãos ainda são mortos.
“Infelizmente, os cristãos continuam morrendo”, afirmou o vice-presidente da comissão e fundador da Comunidade de Santo Egídio, Andrea Riccardi, “e continuam morrendo porque são testemunhas do Evangelho, porque são apaixonados por Deus, pelos irmãos e irmãs, porque são autênticos servos da humanidade, porque são livres comunicadores da fé”.
Âncora da esperança
Durante a coletiva, foi apresentada também a celebração ecumênica que acontecerá no domingo, 14. Esta é a “única celebração ecumênica em Roma durante todo o Ano Jubilar“, no dia da festa da Exaltação da Santa Cruz, e será conduzida pelo Papa Leão XIV.
O secretário do Dicastério das Causas dos Santos e presidente da comissão, Dom Fabio Fabene, enfatizou que a vitalidade do Batismo une a todos. Participarão do evento 24 delegados de igrejas cristãs e grandes comunhões. “O tema central da liturgia é o Evangelho das Bem-Aventuranças, escrito na carne das Igrejas desses filhos que perderam a vida defendendo a esperança em seu amor pelo Evangelho e pelos pobres”, acrescentou.
Durante a coletiva, os membros da Comissão também enfatizaram a importância desses testemunhos de vida neste Ano Santo dedicado à esperança. “Esses irmãos e irmãs”, afirmou Dom Fabene, “fixaram a âncora da esperança não na realidade do mundo, mas no coração de Deus. Eles esperaram em Deus, e sua recompensa é plena de imortalidade”.