No convite aos fiéis para que visitem os santuários marianos, o Santo Padre reforçou o pedido de oração pela paz no mundo
Da Redação
Papa Francisco durante visita ao Santuário Nacional de Aparecida em julho de 2013 / Foto de Arquivo: Ed Alves
Após a oração Mariana do Angelus desta segunda-feira, 15, por ocasião da Festa da Assunção de Maria, o Papa Francisco fez um convite aos fieis que puderem, para que visitem um Santuário mariano.
“E neste dia dedicado a Nossa Senhora, exorto aqueles que têm a oportunidade de visitar um santuário mariano a venerar a nossa Mãe celeste. Muitos romanos e peregrinos vão a Santa Maria Maior para rezar diante da Salus Populi Romani (Protetora do Povo Romano). Há também a estátua da Virgem Rainha da Paz, colocada pelo Papa Bento XV.”
O Santo Padre pediu também que as orações sejam direcionadas pelo fim dos conflitos atuais. “Continuemos a invocar a intercessão de Nossa Senhora para que Deus dê a paz ao mundo e rezemos em particular pelo povo ucraniano.”
Devoções Marianas em Roma
A Salus Populi Romani, ou defensora do Povo Romano, é um ícone bizantino diante do qual o Papa Francisco reza a Virgem Maria, antes de cada viagem que ele faz. Já a estátua da Virgem Rainha da Paz foi encomendada pelo Papa Bento XV para pedir à Virgem que acabasse com a Primeira Guerra Mundial, em 1918.
Visita a um Santuário
“O santuário é, antes de tudo, lugar da memória da ação poderosa de Deus na história, que está na origem do povo da aliança e da fé de cada um dos crentes.” A frase é parte de um documento publicado, em maio 1999, pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e itinerantes. Nele, são elencadas algumas das explicações bíblicas sobre o significado de um santuário na história do povo de Deus, a partir de escritos de papas, e outros documentos, como o Catecismo da Igreja Católica.
O texto diz ainda que o “santuário recorda a iniciativa de Deus e faz-nos compreender que essa iniciativa, fruto de puro dom, deve ser acolhida em espírito de ação de graças”. “Todo o santuário pode ser considerado portador de uma mensagem precisa, uma vez que nele se representa no hoje o evento que fundou o passado, que continua a falar ao coração dos peregrinos”.
Maria: Santuário vivo
O texto explica que “em particular, os santuários marianos oferecem uma autêntica escola de fé sob o exemplo e a intercessão materna de Maria. Testemunhas da vasta riqueza da ação salvífica de Deus, todos os santuários são também no presente um inestimável dom da graça à Sua Igreja.”
A Virgem Maria é apontada como o “santuário vivo do Verbo de Deus, a Arca da aliança nova e eterna”. “Ao aproximar-se de Maria, o peregrino deve sentir-se chamado a viver a dimensão pascal, que aos poucos transforma a sua vida. “Do encontro comunitário e pessoal com Maria, ‘estrela da evangelização’ (62), os peregrinos serão impelidos, como os Apóstolos, a anunciar com a palavra e o testemunho de vida ‘as maravilhas de Deus’ (At 2, 11)”
Assunção de Maria: Dogma de fé
A Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria é celebrada no dia 15 de agosto, desde o século V, com o significado de “Nascimento para o Céu”, ou, segundo a tradição bizantina, de “Dormição”. No Credo Apostólico, professamos a nossa fé na “ressurreição da carne” e na “vida eterna”, fim e sentido último do caminho da vida terrena. Esta promessa de fé cumpriu-se em Maria, sinal de “consolo e esperança”. Trata-se de um privilégio de Maria, por ser intimamente ligado ao fato de ser Mãe de Jesus: visto que a morte e a corrupção do corpo humano são consequências do pecado, não era oportuno que a Virgem Maria – isenta de pecado – fosse implicada nesta lei humana. Daí o mistério da sua “Dormição” ou “Assunção ao céu”.
