Igreja mais unida

"O sínodo está revigorando a nossa fé em comunidade”, afirma bispo

No dia em que a Igreja anuncia o fim da fase continental do Sínodo sobre a sinodalidade, presidente da Comissão para a Vida e a Família reforça expectativa de uma Igreja muito mais unida

Julia Beck, com colaboração de Padre Wagner Ferreira
Da redação

Dom Ricardo Hoepers /Foto: Reprodução CN

A fase continental do Sínodo sobre a sinodalidade teve o seu fim anunciado nesta quinta-feira, 20, durante coletiva no Vaticano. Com o início da fase universal, o 
presidente da Comissão para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo de Rio Grande (RS), Dom Ricardo Hoepers, comenta o processo já vivido, os próximos passos, além de fazer uma associação entre o sínodo e a Pastoral Familiar.

Primeiro, o bispo define o percurso do Sínodo como “um processo bonito”. Dom Ricardo lembra o primeiro momento, as assembleias paroquias e diocesanas, e relata que teve a alegria de fazer parte da equipe da Assembleia Regional do Cone Sul. O grupo, definido por ele como de alta competência, contou com a participação de diferentes pessoas – religiosos, leigos, bispos e padres, e foi o responsável pela síntese continental. O documento foi encaminhado para a Secretaria Geral do Sínodo, que se prepara para, em outubro, realizar a primeira etapa em Roma.

Dom Ricardo define o Sínodo como um momento de participação, comunhão e missão. “O sínodo já está acontecendo. Ele é o que o Papa queria, não só uma formalidade, mas um processo participativo”, opina.

Expectativa

De acordo com o bispo, o objetivo do Sínodo é evidenciado na seguinte fala do Papa: “Queremos ouvir o que o Espírito Santo quer dizer à nossa Igreja”.

“Só o fato de nos reunirmos e escutarmos o outro, torna a nossa Igreja mais unida”, afirma Dom Ricardo. O bispo ainda reflete que a expectativa é de uma Igreja muito mais unida em torno do Cristo, da evangelização e da fé. Ele acrescenta: “O sínodo está revigorando a nossa fé em comunidade”.

Pastoral Familiar e sinodalidade

O presidente da Comissão para a Vida e a Família indica que a Pastoral Familiar é a primeira a viver a sinodalidade. “É em casa que precisamos escutar, ter paciência, aprender a saber o que o outro está dizendo. O espaço sinodal é o espaço da família”, complementa.

“A Pastoral Familiar dedicou subsídios e simpósios a essa perspectiva personalizada e eclesial”, conta. O bispo recorda então a Exortação Apostólica Pós-sinodal Amoris Laetitia que ajudou a Igreja a acolher ainda mais as fragilidades e a estar ainda mais próxima das famílias.

Dom Ricardo pontua que a Pastoral Familiar cresceu nos últimos anos e que “a Igreja deve ser família e a família deve ser Igreja”.

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