Início da missão

Novo custódio da Terra Santa faz entrada solene em Jerusalém

Padre Francesco Ielpo inicia sua missão de custódio com uma entrada solene na Igreja de São Salvador, em Jerusalém nesta segunda-feira, 21

Da Redação, com Vatican News

Padre Francesco Ielpo / Foto: Arquivo Canção Nova

Nesta segunda-feira, 21, o novo custódio da Terra Santa, padre Francesco Ielpo, fez sua entrada solene na Igreja de São Salvador, em Jerusalém. O gesto, juntamente com a entrega do selo pelo Custódio até então, padre Francesco Patton, marca o início oficial de sua missão na Terra Santa.

Em Gaza, já foram registradas 57.000 mortes em 22 meses. Durante entrevista ao jornal italiano L’Osservatore Romano, padre Ielpo declarou que tem consciência desse fato e frisou que este é um momento muito doloroso.

“Tenho muito presente a distância entre a tarefa que me foi confiada e os meus modestos recursos. Mas, também vejo essa distância como uma oportunidade. No sentido de que essa distância deixa mais espaço para a ação do Espírito Santo. E isso tenho fé acima de tudo. Porque é sobretudo graças a essa ação do Espírito que os franciscanos conseguiram, durante 800 anos, apesar de tantas adversidades, testemunhar a presença cristã na terra de Jesus”, afirmou.

O sacerdote comentou ainda sobre seu cronograma de trabalho. “Pretendo simplesmente seguir o caminho claramente traçado pelos meus antecessores. A Custódia não é o custódio, mas a dedicação, o trabalho árduo e os talentos dos mais de 300 frades que a compõem e nela vivem”, frisou.

Antes de começar sua posse oficial, o padre Francesco Ielpo iniciou sua missão visitando, nos últimos dias, a Síria e o Líbano. “Fiquei agradavelmente surpreso com o espírito cristão e o trabalho eficaz de nossos irmãos, e ainda mais com o profundo enraizamento e apreço que eles desfrutam entre os povos de seus territórios de missão. E não apenas entre os cristãos”, ressaltou.

Padre Francesco também afirmou que chegou a pensar que o medo impediria muitas pessoas de participarem da celebração, mas que se surpreendeu ao ver a igreja lotada. “A identidade cristã prevaleceu sobre a identidade étnica ou política. No Líbano, também testemunhei o grande trabalho de caridade de nossos frades durante os bombardeios israelenses, que forneceram abrigo a muitos deslocados tanto em Beirute quanto no sul. Estou conectado com a coragem e o espírito missionário de nossos frades, tão pouco conhecidos no Ocidente”, sublinhou.

O religioso pontuou que pedirá aos frades que sejam fortes como foram seus antecessores, que preservaram e garantiram a presença cristã na Terra Santa por 800 anos. “Nos últimos dias, durante esta viagem, meditei longamente sobre esta nova missão que me foi imerecidamente confiável, enquanto olhava para uma passagem do Evangelho que me inspira neste momento. Hoje, como no tempo de Jesus, as ondas do mar são altas e ameaçadoras, o medo no barco é grande, mas ao olhar para Jesus caminhando sobre as águas, os medos dos discípulos se acalmam.”

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