Francisco anunciou neste domingo, 29, que o arcebispo de Brasília será criado cardeal no próximo consistório previsto para agosto deste ano
Julia Beck
Da redação
“O Papa anunciou os nomes e na lista em que ele leu estava também o meu nome. Não fui comunicado antes, acho que nenhum dos novos cardeais também foram comunicados. Foi uma surpresa total.”
É como o arcebispo de Brasília (DF), Dom Paulo Cezar Costa, ficou sabendo que seria um dos novos cardeais da Igreja Católica. O anúncio do novo consistório foi feito pelo Papa Francisco na manhã deste domingo, 29, após o Regina Coeli.
O novo cardeal afirma que estava acompanhando a tradicional oração mariana quando foi surpreendido pela notícia. Ele lembra que além do seu nome, o Pontífice leu também o do arcebispo de Manaus (AM), Dom Leonardo Steiner.
“A emoção é muito grande. Uma mistura de sentimentos”, conta Dom Paulo em coletiva realizada no final da manhã deste domingo em Brasília.
Reconhecimento
Para o arcebispo, a ação do Papa foi um reconhecimento de seu trabalho e uma bondade para com ele, com a Igreja em Brasília e no Brasil.
“Minha profunda gratidão ao Papa Francisco por me escolher”, destaca.
Dom Paulo lembrou que a missão do cardeal é ajudar o Papa no governo da Igreja. “O Colégio Cardinalício é grande, mas tem os cardeais eleitores e não-eleitores. Os eleitores têm até 80 anos. Eles têm a missão de escolher o Papa e servir o povo de Deus”, complementa.
Serviço
“O Papa pede que busquemos servir sempre com alegria”, disse o novo cardeal. O arcebispo conta que sempre quis ser servidor e que se tornou padre por vocação, para servir o povo de Deus. No seu ministério, ele revela que sempre reforça o papel do sacerdote enquanto servidor.
Após a novidade, Dom Paulo sublinha aos fiéis que é normal que o trabalho aumente, mas que pretende seguir com sua agenda e que continuará sendo arcebispo de Brasília com muita alegria. “O Serviço faz com que não nos apeguemos ao cargo”, frisa.
O novo cardeal também é membro do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos e da Pontifícia Comissão para a América Latina.
“Rezem por mim para que eu possa continuar doando minha vida com alegria”, pede.
Relação com o Papa
Dom Paulo conta que conhece o Papa Francisco em 2013, quando o Pontífice veio ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro.
O prelado ajudou com os preparativos do evento e recepcionou o Santo Padre. “Estive com ele e ele sempre me encantou pela sua simplicidade e pelo homem de Deus que é: humilde e simples. Com clareza, Francisco aponta uma Igreja que eu acredito”, complementa.