Mês mariano

Nossa Senhora Auxiliadora: devoção que atravessa o tempo

Maio, mês em que se é celebrado o dia das Mães, é também dedicado a Mãe do Salvador

Thiago Coutinho, da Redação

Nossa Senhora Auxiliadora / Foto: Wesley Almeida – Canção Nova

Maria recebe diversos títulos e outras tantas formas de tratamento, tais como Santíssima, Nossa Senhora. E o mês de maio é dedicado inteiramente a ela, a mãe de Jesus, Maria. 

A vida de Nossa Senhora Auxiliadora remonta à batalha de Lepanto, na Grécia, quando diversos cristãos eram então perseguidos e acossados pelos turcos. “Eles eram um grupo muito pequeno diante da maioria turca, que queriam massacrar os católicos. E ali acontece o primeiro grande milagre, em que os cristãos vencem a batalha. Dali por diante, o Papa invoca Nossa Senhora como auxílio do povo cristão. Em Espoleto, na Itália, também há relatos de aparições de Nossa Senhora Auxiliadora, que interveio em uma situação concreta a favor do povo cristão”, observa o padre Sílvio César, salesiano de Dom Bosco, atuante na Arquidiocese de São Paulo. 

Dom Bosco, atento a estas histórias, torna-se um grande divulgador das histórias acerca de Nossa Senhora Auxiliadora. “Ele dizia que Nossa Senhora o acompanhou em toda a sua trajetória, desde a sua infância, quando sonha com a imagem Dela. Ele costumava dizer que Nossa Senhora tudo fez pela congregação salesiana”, observa padre Sílvio.

Os salesianos

A comunidade salesiana cultiva esta devoção mariana até os dias atuais. “Hoje, como filhos de Dom Bosco, temos este grande legado”, afirma padre Sílvio. “Toda nossa missão salesiana, toda nossa espiritualidade tem como base Nossa Senhora Auxiliadora. Tanto que a festa que celebramos hoje é uma grande solenidade, é a maior festa salesiana no mundo todo”, reitera o religioso.

Uma outra tradição lembrada pelo sacerdote ainda cultivada pelos salesianos é a carta em que os fiéis colocavam ali seus pedidos endereçados à Nossa Senhora Auxiliadora. “Colocava-se ali o pedido, um desejo e queimavam esta carta no fim do mês”. A fumaça da queima da carta representava o pedido sendo levado por Nossa Senhora. “É bonito ver isso tudo vivo até hoje, entre adultos e crianças, um momento bonito de fé mariana”, acrescentou.

O mês de maio

Segundo o padre, não há um motivo específico para a escolha do mês de maio ser o mês mariano. “A Igreja tem esta metodologia de escolher um mês temático”, explica. “E o mês de maio sempre foi lembrado como o mês das mães, então a Igreja vai associando isto. E, sem dúvidas, a aparição de Fátima. São celebrações que marcam o tempo mariano”, pondera.

A presença de Maria é indispensável especialmente nos períodos mais atribulados da sociedade, nos momentos de sofrimento: “Vejo que Maria pode ser apresentada para nós como aquela que se manteve firme, fiel, mesmo diante de duros momentos da vida e pode nos ensinar a chegar também ao final desta batalha, desta que é tida como a Mãe dos aflitos e dos pecadores, pode nos ajudar a não desanimarmos diante de tempos tão difíceis que vivemos”, finaliza.

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