Arcebispo de Aparecida (SP) presidiu Missa Solene no Santuário Nacional neste sábado, 12, e enfatizou esperança e intercessão da Virgem Maria em sua homilia
Gabriel Fontana
Da Redação
No dia 12 de outubro, a Igreja comemora Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. O título está ligado a uma imagem da Virgem Maria que foi encontrada em 1717 por três pescadores no rio Paraíba do Sul e conta com um grande carinho popular.
Essa devoção leva milhares de fiéis ao Santuário Nacional de Aparecida, onde a imagem se encontra. A Festa da Padroeira teve seu ápice neste sábado, com a celebração da Missa Solene, às 9h, no Altar Central da Basílica, presidida pelo arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes.
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A Festa da Padroeira deste ano tem como tema “Mãe Aparecida, acolhei-nos como peregrinos da esperança”, diretamente relacionado ao Jubileu 2025. Em sua homilia, Dom Orlando concentrou-se justamente no tema da esperança, apontando também para a Virgem Maria.
Mãe da Esperança
No início de sua fala, o religioso dirigiu uma saudação especial aos romeiros que peregrinaram a pé até o Santuário e às crianças, que também são comemoradas no Brasil em 12 de outubro. Ao refletir sobre a Primeira Leitura (Es 5,1b-2.7,2b-3), que relata a libertação do povo hebreu por Ester, o arcebispo pontuou que a rainha havia sido adotada quando criança. “Vamos cuidar de nossas crianças dando-lhes essa graça de se tornarem pessoas realizadas e felizes, até porque Ester, rainha, intercede pelo povo. E nós aqui estamos intercedendo a Mãe Aparecida em favor do nosso povo”.
Na sequência, Dom Orlando falou sobre a esperança pelo céu expressa na Segunda Leitura (Ap 12,1.5.13a.15-16a). Ele enfatizou a imagem de “Nossa Senhora, gloriosa no céu, aparecendo e dizendo ‘esperança, nós te esperamos aqui, há um lugar para ti na Casa do Pai’. “Essa é a maior esperança”, prosseguiu o religioso: “esperança no céu, pés no chão e mãos na massa, isto é, o Reino de Deus”.
Voltando-se ao Evangelho (Jo 2,1-11), que narra o primeiro sinal de Jesus nas bodas de Caná, o arcebispo alimentou a esperança na intercessão de Maria. “Essa é a razão por que todos nós olhamos para Maria e recebemos uma gota de bálsamo para nossas feridas. Continuemos a interceder, porque intercessão é oração de esperança”, declarou, reiterando que “a Mãe intercede, Jesus faz os milagres”.
Nesse contexto, Dom Orlando destacou que a Virgem Maria “é a Mãe da Esperança porque está com as mãos postas a nos dizer: ‘rezar é uma atitude de esperança, perseverai na oração’”.
Conferência de Aparecida e o Jubileu 2025
Prosseguindo, o religioso recordou a V Conferência do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (Celam), realizada em Aparecida no ano de 2007. “Há uma esperança nesse documento pelo mundo inteiro”, afirmou, apontando que “a Bula do Ano Santo é inspirada na Conferência de Aparecida”.
O arcebispo citou alguns dos pontos abordados pelo Papa Francisco na Bula de Proclamação do Jubileu 2025: esperança da paz, dos migrantes, dos pais, dos presidiários, dos doentes, dos jovens, dos idosos, dos pobres.
Concluindo sua homilia, Dom Orlando conduziu um momento de oração inspirado em São Bernardo de Claraval e em Nossa Senhora da Esperança. Ele pediu ao povo reunido na Basílica que, a cada invocação, respondesse com a prece “olha para a estrela e invoca Maria”, frisando o aspecto da intercessão da Mãe de Deus.
Programação da Festa da Padroeira
A programação do dia conta ainda com o toque dos sinos do Campanário às 12h, seguida pela Missa das crianças. Às 15h, haverá a consagração solene na Basílica Histórica. Também serão celebradas Missas às 12h, às 16h e às 18h.