Padre Ángel Artime permanece como Reitor-Mor dos salesianos até julho de 2024; decisões sobre o governo da congregação foram tomadas em conjunto com o Papa
Da redação, com ANS
O Reitor-Mor dos Salesianos de Dom Bosco, padre Ángel Fernández Artime, escreveu uma carta à congregação e à Família Salesiana comentando os desdobramentos após o inesperado anúncio do Papa Francisco no último domingo, 9, de sua nomeação como cardeal. No texto, o sacerdote falou sobre o futuro do governo da congregação.
Primeiramente, padre Artime sublinhou que a notícia foi recebida de forma “inesperada”, como um presente do Papa Francisco à Congregação Salesiana e à Família de Dom Bosco. “É muito grande o afeto que nos dedica o Papa”, frisou o Reitor-Mor.
O mesmo Papa Francisco, prosseguiu o sucessor de Dom Bosco, o convocou para ir ao Vaticano na terça-feira, 11, para conversarem sobre o futuro do serviço do sacerdote como Reitor-Mor. A intenção do diálogo, detalhou padre Artime, é o bem, antes de tudo, da congregação.
Desdobramentos
Durante o encontro, o Reitor-Mor comentou que o Santo Padre se mostrou “atento, cordial e um profundo apreciador do carisma de Dom Bosco”. Foi estabelecido que padre Artime continuará sendo Reitor-Mor durante mais um ano, mesmo após ser criado cardeal.
O pedido do Papa é para que seja antecipado em um ano o Capítulo Geral – o XXIX da congregação (CG29). Sendo assim, o evento vai acontecer em fevereiro de 2025 e nele será eleito o novo Reitor-Mor.
Padre Artime apresentará a sua renúncia ao governo da congregação em 31 de julho de 2024. Dessa data em em diante, o atual vigário, padre Stefano Martoglio, assumirá ‘ad interim’ o governo da congregação. É ele quem presidirá também o CG29.
Novo serviço na Igreja
Após sua saída do governo da Congregação Salesiana, padre Artime contou que assumirá as funções que lhe serão confiadas por Francisco – ainda desconhecidas. O Reitor-Mor pede aos salesianos e à Família Salesiana que intensifique as orações pelo Papa e também por ele – que em breve desenvolverá um novo serviço na Igreja.
Ao final de sua carta, o sacerdote destacou, mais uma vez, que, como filho de Dom Bosco, aceitou o serviço “com filial obediência”.