Falecimento

Morre, aos 80 anos, Dom Luiz Mancilha, Bispo emérito de Vila Velha

Dom Luiz Mancilha Vilela estava internado desde o dia 23 de julho, em Vitória (ES), para tratar complicações hepáticas

Da Redação, com CNBB

Foto: CNBB

A arquidiocese de Vitória (ES) comunicou o falecimento de seu bispo emérito, Dom Luiz Mancilha Vilela, aos 80 anos. O prelado era diabético e estava internado desde o dia 9 de julho para se tratar de complicações hepáticas e teve o seu quadro agravado no domingo, 21.

O local do velório e sepultamento serão divulgados assim que forem definidos.

Trajetória pessoal e eclesial

Dom Luiz Mancilha é natural de Pouso Alto (MG), e completou 80 anos dia 6 em maio de 2022. 

Filho de José Vilela de Mancilha e de Olívia Mancilha Mendes, cursou o Ensino Fundamental no Seminário Cristo Rei em Ferraz de Vasconcelos e o ensino médio no Colégio Regina Pacis.

Fez estudos de filosofia no Instituto Sagrados Corações, em Pindamonhangaba, e de Teologia na Pontifícia Universidade de Minas Gerais em Belo Horizonte. 

É licenciado pela Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. Cursou “Teologia da Vida Religiosa” e “Formação para formadores para a Vida Religiosa e Sacerdotal”.

Foi ordenado padre no dia 21 de dezembro de 1968 em Belo Horizonte pelo Cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo.

Após sua ordenação, trabalhou como coordenador de Pastoral Vocacional na Província da Congregação dos Sagrados Corações (SSCC), foi conselheiro provincial e superior do Seminário Sagrados Corações de Pindamonhangaba. Além de ser vigário ecônomo da Igreja Santo Antônio, em Santo Antônio do Pinhal.

Em 1981, a Congregação o nomeou para ser o Superior Provincial da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Em 1985, foi reeleito e nomeado para o mesmo cargo, mas a Igreja no mesmo ano pediu-lhe outra mudança.

Em 3 de dezembro de 1985, o Papa João Paulo II o nomeou bispo de Cachoeiro do Itapemerim (ES). Sua ordenação episcopal ocorreu em 22 de fevereiro de 1986 pelo cardeal Serafim Fernandes de Araújo. 

Assumiu como seu lema, Ut Pastor Pascet, isto é, “Qual Pastor que apascenta”. (Is. 40, 11). Em Cachoeiro de Itapemirim, trabalhou incentivando a comunicação impressa, adquirindo uma emissora de rádio e investindo na formação de padres para assumirem o comando desses veículos.

Dezessete anos depois, no dia 3 de dezembro de 2002, foi nomeado arcebispo de Vitória pelo Papa João Paulo II, para ser sucessor de dom Silvestre Luís Scandián, SVD, cargo que assumiu em 23 de fevereiro de 2003. 

Em Vitória, recuperou a posse da Rádio FM e cirou um Centro de Documentação para resgatar a história não só da Igreja, mas do estado. Estabeleceu assim uma comunicação transparente e contínua com a imprensa local. 

Tinha apreço pelas novas linguagens e não recusou usá-las sempre que possível e necessário: escrita, imagem, som, mídia visual.

Teve a sua renúncia aceita pelo Papa em 7 de novembro de 2018.  Foi membro da Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreendia, à época, os estados de Espírito Santo (Hoje Leste 3) e Minas Gerais. 

Participou da “Dimensão Missionária” e do Conselho de Pastoral da CNBB.

É o autor de três livros: “Ore Comigo”, “Nos Passos de Jesus” e “Vitrais, um hino a Deus Criador”.

 

Nota de Condolência da CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu, com pesar, a notícia do falecimento de dom Luiz Mancilha Vilela, Bispo emérito da arquidiocese de Vitória (ES), ocorrido na tarde desta terça-feira, 23 de agosto.

A Conferência se une ao arcebispo da arquidiocese de Vitória, Dom Dário Campos, aos familiares e também à Congregação dos Sagrados Corações (SSCC) para agradecer a Deus a imensa riqueza de dons oferecida à Igreja pela vida e testemunho de Dom Luiz Mancilha. 

Somos gratos pelos serviços prestados às igrejas particulares de Cachoeiro de Itapemirim e de Vitória,  ao então regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e à Igreja do Brasil por meio de sua atuação na “dimensão missionária” e na participação do Conselho Episcopal Pastoral da CNBB.

Sobre ser emérito, Dom Mancilha compartilhou certa vez: “Com a idade da gente eu penso que a Igreja sabe o que faz. É bom passar para uma pessoa mais jovem e que seja mais dinâmica que nós as responsabilidades da arquidiocese. Nós não deixamos de ser bispos. O que a gente deixa é de governar a Arquidiocese. Mas nós continuamos na ativa celebrando, ajudando o novo arcebispo na Crisma e em tudo o que ele pedir”. 

Enviamos o nosso abraço fraterno ao senhor, Dom Dário Campos, aos familiares de dom Luiz Mancilha, aos membros da Congregação dos Sagrados Corações, ao clero de sua diocese e aos irmãos e irmãs das comunidades de sua Igreja Particular. Conte com nossas orações para o descanso eterno deste incansável pastor.

Em Cristo,

 Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte, MG

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