DIA DA PADROEIRA

Missa solene celebra a Padroeira do Brasil no Santuário de Aparecida

Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, presidiu a Santa Missa e citou uma carta enviada pelo Papa Francisco, em que assegurou orações pelas crianças do Brasil

Catarina Jatobá,
Da redação

Foto: Mauriceia Silva

A Casa da Mãe ficou repleta dos filhos que foram até o Santuário para celebrar o dia da Padroeira do Brasil nesta quarta-feira, 12 de outubro. Ao longo do dia, nove missas são celebradas na Basílica de Aparecida, sendo que a missa solene foi celebrada às 9h da manhã, presidida pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes.

Logo no início da Santa Missa, foi feita uma acolhida calorosa à Mãe de Jesus, com a entrada da imagem e à Palavra de Deus.

Na homilia, o arcebispo de Aparecida saudou as autoridades religiosas e civis presentes na Basílica, e disse que “a Igreja e o mundo civil devem estar sempre juntos, olhando para o povo e buscando o melhor para a nossa pátria, para o nosso Brasil”.

Com a Basílica repleta de fieis, Dom Orlando acolheu também a cada um deles e afirmou: “Nossa Senhora olha um por um. Aqui ninguém é massa, aqui ninguém é desconhecido. Ela olha anos seus olhos, romeiro, romeira, e olha também os pés machucados dos que vieram de longe, pela Dutra, pelo norte, pelo sul, os caminhantes com os pés machucados, mas com os corações curados”.

Testemunho

Dom Orlando lembrou o testemunho de joelhos, diante da mãe Aparecida, de Dom Anuar Batisit, arcebispo emérito de Maringá, que manifestou sua fé e cura da Covid. “Que beleza, irmãos e irmãs, vocês também estão aqui manifestando esta mesma fé em Nossa Senhora e em Jesus”.

Ao mencionar a primeira leitura, em que a Rainha Ester disse para o Rei: “Salve a vida do povo”, Dom Orlando afirmou o mesmo faz Nossa Senhora, Rainha do povo brasileiro. “E é isto que Nossa senhora diz: ‘salve a vida do povo Brasileiro, vida humana, vida crista, social, vida ecológica. E viva a vida!”.

O arcebispo de Aparecida seguiu a sequência da liturgia, e falou sobre o salmo, cujo refrão é um pedido: “Minha filha, escuta”. “E ela escutou a praticou a Palavra. É a primeira e mais perfeita discípula da Palavra”. E fez um pedido: “Vamos seguir este conselho e exemplo de Maria. Escutar a Palavra, escutar Deus, mas escutar também o clamor do povo, porque ela escutou muito bem, no Evangelho: ‘eles não tem mais vinho’. No nosso caso, faltando o vinho do pão, o vinho da paz, da fraternidade, estes são os vinhos que todos nós precisamos nos dias de hoje, com o vinho da fé, da oração e este vinho bendito da Palavra de Deus. Escutemos Maria e escutemos o povo”.

Dom Orlando também citou a segunda leitura, do livro do Apocalipse, em que fala da vitória de Maria sobre o Dragão, representação do Maligno. E citou estas realidades que vivemos hoje.
“Temos muitos dragões que ela vai vencer. O que já foi vencido: a pandemia. Mas temos ainda o dragão do ódio, da mentira, do desemprego, da mentira, da fome e incredulidade. Com Maria vamos vencer o mal e dar prioridade ao bem, à verdade e à justiça que o povo merece, porque tem fé e ama Nossa Senhora Aparecida”.

Dom Orlando citou uma das frases muitas vezes ditas na novena: Caminhar com Maria”. Disse que andar nos caminhos de Maria é caminhar nos caminhos de Jesus Cristo”.
Recordou Nazaré, lugar do trabalho, de Jesus, Maria e José. E o caminho de Maria para a casa da Isabel. “Estrada da fraternidade, do serviço da sinodalidade, da confraternização”. Recordou também Belém, onde os Reis forma adorar Jesus. “Eles não foram com interesses pessoais não. Mas para mudar de vida. Deixaram horóscopo, deixaram de acreditar no zodíaco e nas estrelas para adorar a única luz do mundo, Jesus, e voltaram por outro caminho”.

Por fim, Dom Orlando recordou os caminhos de Nossa Senhora em suas aparições na Terra, que preferiu vir nas periferias: em Guadalupe, apareceu a um índio, para cuidar dos indígenas. No Brasil, desceu como uma negra, para elevar os escravos e negros. Desceu em Fátima para trazer a paz por meio de pastorinhos pequeninos, contando com a força dos pequenos. E em Lourdes, levando saúde aquela menina analfabeta e doente, Bernadete, para elevar a todos na dignidade dos filhos de Deus.

O arcebispo de Aparecida finalizou agradecendo a Nossa Senhora pelos caminhos em busca da elevação e filiação de todos os batizados. “Sabemos, Mãe Aparecida, que a Senhora nos ama com o mesmo amor com que amou Seu filho Jesus, e por isso, com vosso manto protegei a nossa Pátria, na justiça, na paz e na fraternidade. Amém”.

Carta do Papa

Dom Orlando Brandes afirmou ainda que recebeu uma carta do Papa Francisco, por meio da qual o Santo Padre expressou sua proximidade espiritual ao povo brasileiro em especial as crianças. O Papa afirmou que reza por todas as crianças da querida nação brasileira.

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