Celebração ocorrerá junto ao encerramento da fase diocesana de Beatificação do Monsenhor Domingos Evangelista
Mauriceia Silva,
Da redação
A Arquidiocese de Belo Horizonte, a Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade e a Associação dos Amigos da Irmã Benigna, divulgaram que, no próximo dia 5 de março, às 11h, no Recanto Monsenhor Domingos, em Caeté (MG), será realizada a Missa em Ação de Graças pela concessão do título de Venerável Benigna Victima de Jesus. A celebração será junto com o encerramento da fase diocesana do processo de beatificação do Servo de Deus Domingos Evangelista Pinheiro. Nesta sexta-feira, 18, o Papa Francisco autorizou a promulgação do decreto que reconhece as Virtudes Heroicas da Serva de Deus Benigna Victima de Jesus.
Segundo a Superiora Geral da Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, Madre Tereza Cristina Leite, esta será uma ocasião de grande júbilo: “Será um momento de muitas bênçãos e graças, que desejamos compartilhar com todos os devotos e com toda a sociedade.”
A celebração do dia 5 de março será presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo.
Quem foi Irmã Benigna Victima de Jesus
Até o momento, irmã Benigna era reconhecida como “Serva de Deus”. Agora, com o título de Venerável, caminha, a passos largos, ao próximo passo: o processo de beatificação. Em vida, já era chamada de santa.
Natural da cidade de Diamantina (MG), nasceu no dia 16 de agosto de 1907, e veio a falecer no dia 16 de outubro de 1981. Religiosa da Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, a Venerável Benigna Victima de Jesus dedicou sua vida à oração e caridade. Ela dedicava todo o seu tempo para os outros, carregava sacolas pesadas de doações para saciar a fome dos pobres e atendia, com prontidão as necessidades dos aflitos. Fazia orações prolongadas, caminhava longas distâncias para ir ao encontro das pessoas, com simplicidade, fundamentava toda a sua ação apostólica na frase que sempre repetia: “Jesus tem pressa!”.
Uma visita do Céu
O administrador paroquial da Paróquia Santa Clara da Piedade, em Belo Horizonte, padre Emanuel Castro Costa, é um dos fiéis que teve a vida marcada pela intercessão da Venerável Benigna. Ele conta que se não fosse o legado espiritual e o exemplo deixado pela religiosa, não teria dado conta dos anos de formação no seminário, pois foi um tempo onde vivenciou muitas provações, dificuldades e aflições.
“Em todos os momentos, eu rezava: Irmã Benigna, a senhora venceu tudo com a ajuda de Jesus e Nossa Senhora, peça a eles por mim!”.
O sacerdote também relembra com emoção um milagre que recebeu e que ele atribui à intercessão da Venerável. “Quando eu ia completar 18 anos, fui atropelado e dei entrada no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, com pouquíssimas chances de vida, coágulo no cérebro e tudo mais. Fiquei internado 22 dias e fiz tratamento em casa. Fui totalmente curado, ficando apenas a cicatriz dos pinos usados na fratura exposta no punho. Foram muitas as orações pedindo a Irmã Benigna a cura, e teve também a visita da Dona Maria do Carmo, amiga da Irmã Benigna, levando o véu que ela usava em vida (uma relíquia). Hoje, entendo a força daquela visita e das orações”.
Palavra de Dom Walmor
Dom Walmor Oliveira de Azevedo publicou, hoje, uma nota em que destaca o quanto esse é um passo importantíssimo no processo até a beatificação. “Muito agradecido, uno-me a cada um, em oração e comunhão, especialmente à Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade e da AMAIBEM, amigos da Irmã Benigna, para celebrar esse momento especial e de grande alegria. O processo de beatificação em curso, iniciado na Arquidiocese de Belo Horizonte, mostra que a Irmã Benigna é uma mulher admirável por sua vida pautada no amor pelo próximo, especialmente enfermos e pobres.”
Ainda em nota, o arcebispo afirmou que a vida da Irmã Benigna é uma história que nos revela o caminho da santidade vivido e testemunhado na especialidade do amor fraterno. “Irmã Benigna, mineira, nascida em Diamantina, está presente na vida da Igreja de Belo Horizonte e, de modo muito especial, nas pessoas simples e pobres, a quem sempre acolheu com bondade, generosidade, palavras de esperança e testemunho de fé. Sua virtude mais marcante, a humildade, é exemplo da discípula sempre fiel aos ensinamentos do Mestre Jesus, interpelando à sua imitação”.