Irmã Glória Argoti passou quatro anos e oito meses em cativeiro no Mali
Da Redação, com AIS Portugal
A libertação da irmã Glória Narvaez Argoti foi recebida com alegria na Colômbia. Ela passou quatro anos e oito meses em cativeiro no Mali e foi libertada. Em toda a Colômbia, o sentimento é de alegria. “Estamos aqui em Paso, em toda a Colômbia, a celebrar a libertação da minha irmã!”, afirmou Edgar Argoti, irmão da religiosa colombiana, à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
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“É com uma enorme alegria que posso comunicar desde a Colômbia desde a cidade de Pasto, a libertação da minha querida irmã Glória Cecília”, disse o professor Argoti por telefone para a AIS em Lisboa. Ele destacou o papel dos jornalistas, mas também as orações e a mobilização de pessoas em todo o mundo, incluindo Portugal, para que chegasse ao fim o cativeiro da religiosa franciscana.
“Ela está livre. Graças a vocês, aos jornalistas, a todo o mundo, também aí em Portugal, pelas vossas orações, por tudo… Muito obrigado por tudo. Estamos aqui em Paso, em toda a Colômbia a celebrar a libertação da minha irmã. É uma notícia muito boa, que nos enche a alma e os corações. Um abraço!”
Comunicação durante o cativeiro
Ao longo destes mais de quatro anos de cativeiro, a irmã Glória conseguiu se comunicar com a família enviando algumas cartas através da Cruz Vermelha Internacional. A mais recente, como Edgar Argoti contou à Fundação AIS, em Julho, foi enviada em 3 de fevereiro deste ano.
O bilhete, manuscrito pelo punho da religiosa, estava redigido em castelhano com letras maiúsculas e em 11 linhas explicava que se encontrava às mãos de “um novo grupo”, que identificou como sendo no “GSIM”, o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos”, uma aliança jihadista do Sahel, vinculada à Al-Qaeda.
No bilhete, a Irmã Glória pedia as orações de todos para conseguir a tão desejada liberdade. “Rezem muito por mim. Que Deus vos abençoe. Espero que Deus me ajude a alcançar a liberdade. Fraternamente Glória.”
Palavra de Dom Dembelé
Também o presidente da Conferência Episcopal do Mali, Dom Jonas Dembelé, manifestou a grande alegria para a Igreja do Mali e para a Igreja universal pela libertação da irmã Glória. “Deus não esquece o seu povo e a oração da igreja apoiou a irmã Glória… temos a certeza que ela passou por momentos difíceis, mas a Deus nada é impossível”, disse em mensagem enviada para a Fundação AIS.
O responsável da Conferência Episcopal do Mali disse ainda que vão ser organizadas, nas paróquias e nas dioceses, Missas de Ação de Graças mas também para pedir pelo povo maliano. Ele recorda que, há um ano, em todas as Igrejas do país, reza-se pela paz no país.
“A libertação da irmã Glória Cecília vem relançar esse desejo de construção da paz com todas as pessoas. Estamos muito contentes e vamos também rezar pelos que raptaram a irmã, pela sua conversão e dizer que nós precisamos de paz.”