O Centro Católico de Estudos e Mídia e a Universidade Americana de Madaba realizaram um simpósio em comemoração ao 60º aniversário do documento
Da redação, com Vatican News
Simpósio na Universidade Americana de Madaba, na Jordânia / Foto: Divulgação
Na segunda-feira, 20, o Centro Católico de Estudos e Mídia (CCSM), em cooperação com a Universidade Americana de Madaba (AUM), realizou um simpósio em comemoração ao 60º aniversário da publicação do documento Nostra Aetate, emitido pelo Concílio Vaticano II em 1965.
O documento abriu amplos horizontes para o diálogo inter-religioso e o fortalecimento da compreensão mútua.
Durante o simpósio, foram proferidos discursos pelo Cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém e membro do Dicastério para o Diálogo Inter-religioso do Vaticano, e pelo Imã da Corte Real Hachemita, Sua Eminência Dr. Ahmad Al-Khalayleh.
O simpósio também contou com a presença do governador de Madaba, Hassan Al-Jbour, de vários bispos, padres, freiras e clérigos islâmicos do Departamento do Chefe de Justiça, do Departamento de Iftaa e do Ministério de Awqaf e Assuntos Islâmicos, além de chefes de departamentos religiosos da província e estudantes da AUM.
Em seu discurso principal, o Cardeal Pizzaballa agradeceu ao CCSM e à AUM pela organização do simpósio, enfatizando sua importância histórica na abertura de um novo capítulo nas relações entre muçulmanos e cristãos, baseadas no respeito mútuo e na fé em um só Deus.
Divulgação limitada
O Patriarca destacou que, embora o conhecimento deste documento pelas sociedades do Oriente Médio permaneça limitado fora dos círculos acadêmicos e religiosos, seu espírito e conteúdo estão incorporados na prática no diálogo e nas iniciativas de convivência que surgiram na região, especialmente as do Reino Hachemita da Jordânia, sob a liderança do Rei Abdullah II, que fez do diálogo e da paz a base da missão regional e internacional da Jordânia.
O Cardeal Pizzaballa refletiu sobre o que chamou de “modelos luminosos” que personificam a missão do documento, que afirma que o diálogo não é um luxo mental, mas sim uma necessidade vital para a vida e a estabilidade dos povos.
O Cardeal também se referiu às iniciativas globais de diálogo lideradas pela Jordânia, incluindo a Mensagem de Amã, a Iniciativa da Palavra Comum e a Semana Mundial da Harmonia Inter-religiosa, bem como a Custódia Hachemita de locais religiosos em Jerusalém e diversas instituições nacionais que atuam na área do diálogo na Jordânia.
O Patriarca enfatizou que o diálogo inter-religioso é uma “peregrinação rumo à esperança e à construção de confiança”, observando que não se limita a uma releitura da história e das relações passadas entre as comunidades.
O Cardeal Pizzaballa concluiu enfatizando que a paz no Oriente Médio começa com o alcance de um diálogo genuíno entre os seguidores das religiões, enfatizando que as comunidades cristãs, como todas as outras comunidades da região, constituem parte integrante desta terra e que os relacionamentos com elas são vitais para a construção do futuro.
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