Jubileu

Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora completa 150 anos

As Filhas de Maria Auxiliadora atuam em diversas áreas, desde escolas a hospitais, buscando um objetivo comum: o crescimento integral das pessoas 

Irmãs Filhas de Maria Auxiliadora/ Foto: Inspetoria Nossa Senhora Aparecida

Mauriceia Silva
Da Redação

As irmãs Salesianas, filhas de Maria Auxiliadora, estão em festa: nesta sexta-feira, 5, completam 150 anos de fundação. A data recorda que o céu falava com Dom Bosco através dos sonhos. Ao todo, foram 150 sonhos onde Maria Auxiliadora mostrou a Dom Bosco o que fazer, como e onde desenvolver a sua missão em favor dos jovens.

As Filhas de Maria Auxiliadora têm como objetivo de suas obras o crescimento integral das pessoas e o acompanhamento dos jovens em seu caminho de amadurecimento do projeto de vida. Também são dedicadas à formação à fé, à educação a uma cidadania ativa, à gratuidade e à solidariedade, no estilo do Sistema Preventivo de Dom Bosco. “Nisso as jovens são orientadas a buscar sua própria dignidade e a elaboração de uma cultura inspirada no humanismo cristão. “, explica a coordenadora de Pastoral das presenças de Lorena, Irmã Aline Leite (FMA).

“Cuide também delas. Elas são minhas filhas”, foi o pedido da Virgem Maria a Dom Bosco, que começou a pensar em fundar um Instituto para a educação das jovens. A Providência foi, então, ao seu encontro. Ao passar pelo pequeno povoado de Mornese, na região do Monferrato, norte da Itália, Dom Bosco entrou em contato com um grupo de moças pertencentes à associação das Filhas da Imaculada. O santo viu nestas jovens a possibilidade de iniciar uma experiência carismática salesiana, visto o que elas faziam com as crianças e jovens.

Após um ano de experiência vivendo o pequeno regulamento que Dom Bosco lhes enviara, o grupo foi chamado a decidir. Algumas preferiram ficar com as próprias famílias obedecendo ao regulamento das Filhas da Imaculada, já outras deram um sim que geraria muitas vocações. Maria Domenica Mazzarello e outras 10 jovens aceitaram iniciar a vida em comum e professarem as Constituições escritas por Dom Bosco. Assim, no dia 5 de agosto de 1872, fizeram os primeiros votos nas mãos do Fundador.

Memorial das Filhas de Maria Auxiliadora

A data celebrativa é um momento oportuno para visitar o Memorial das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil, localizado em Guaratinguetá (SP), cidade à qual as religiosas chegaram em 1892.

Segundo a curadora do Memorial, Irmã Dulce Hirata, o lugar é um espaço onde o visitante interage com a História das Filhas de Maria no Brasil, desde a sua chegada em 16 de março de 1892 na cidade de Guaratinguetá, SP, até os dias de hoje.

O memorial conta a trajetória educativo-missionária das Salesianas, por meio de um acervo rico em detalhes e registra sensorialmente a história do Instituto das FMA nos aspectos afetivo, cultural e religioso.

Hoje, as Filhas de Maria Auxiliadora evangelizam educando e educam evangelizando. Qualquer ambiente é propício para educar e evangelizar, afirma Irmã Maike Loes. “Certamente temos obras com as quais nos identificamos, mas elas são apenas pretexto para a vivência do carisma. Uma Filha de Maria Auxiliadora não necessariamente precisa de uma obra (escola, obra social, cursos profissionalizantes), para educar e evangelizar”.

Chegada ao Brasil

Este ano, as Filha de Maria Auxiliadora também celebram 130 anos da presença no Brasil. O grupo destinado ao Brasil veio de Montevidéu, capital da República do Uruguai, composto de dez irmãs e duas noviças: Madre Teresa Rinaldi, Florinda Bittencourt, Helena Hospital, Paula Zuccarino, Joana Narizano, Dolores Machin, Ana Couto, Dileta Maldarin, Justina Gros, Francisca Garcia, e as noviças Matilde Bouvier e Maria Luiza Schilino. A finalidade era assumir três obras, localizadas em Lorena, Guaratinguetá e Pindamonhangaba.

Atualmente, as filhas de Maria Auxiliadora estão nos cinco continentes, em 105 países, distribuídas em 74 províncias e 5 visitadorias. “Somos atualmente 11.225 professas e 310 noviças, distribuídas em 1331 comunidades. A média etária das professas é bastante alta. Contamos muito com a colaboração dos leigos e cuidamos muito da sua formação”, finaliza Irmã Dulce.

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