Durante a 63ª sessão da Comissão para o Desenvolvimento Social, Dom Gabriele Caccia pediu ‘investimento no desenvolvimento integral de todos os seres humanos’
Da redação, com Vatican News
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O arcebispo Gabriele Giordano Caccia, Observador Permanente do Vaticano junto à ONU / Foto: Reprodução Youtube
Solidariedade, inclusão social, coesão social, família: estes são os temas abordados pelo Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Gabriele Caccia, em seu discurso na 63ª sessão da Comissão para o Desenvolvimento Social. A solidariedade, disse o prelado, é “fundamental para a busca do desenvolvimento social e sustentável. A solidariedade é um compromisso ativo com o bem comum, baseado na natureza social intrínseca da pessoa humana e na igual dignidade dada por Deus a todos”. Ela é alcançada “somente na medida em que abrange todos os membros da família humana. Aqueles que vivem na pobreza – acrescentou – lutam para satisfazer suas necessidades primárias. Encontram-se em situações vulneráveis, como os idosos, os nascituros, os deficientes e são excluídos por uma ‘cultura do descarte'”.
Inclusão social
Muitas vezes expressa como um compromisso de não deixar ninguém para trás, “a inclusão social requer investimento no desenvolvimento integral de todos os seres humanos para que todos possam prosperar. Políticas eficazes para erradicar a pobreza”, ressaltou o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, “são fundamentais, assim como garantir uma educação de qualidade para todos e promover um senso de responsabilidade compartilhada uns com os outros e com a comunidade. Todos os esforços devem ter uma atenção especial pelos pobres e vulneráveis, de acordo com o compromisso de se esforçar para alcançar primeiro os que estão atrás”.
Dom Caccia também lembrou que “apesar de estarmos interconectados, nosso mundo está cada vez mais fragmentado, por causa da polarização e da perda de confiança nas instituições e nos cidadãos. Enfrentar esses desafios exige um compromisso renovado de trabalhar em conjunto para o bem comum”.
A família e a coesão social
Nesse contexto, é essencial fortalecer a coesão social: “No centro de cada uma dessas questões está a família”, que é “a escola de humanidade mais profunda” e, como enfatiza o Papa Francisco, é “o primeiro lugar onde os valores do amor e da fraternidade, da união e da partilha, da atenção e da preocupação com os outros são vividos e transmitidos”. “A Santa Sé exorta os Estados a promover, respeitar a vida familiar e favorecer melhores condições para a formação da família” e ‘permanece firmemente comprometida’, concluiu, ‘em fortalecer a solidariedade, a inclusão social e a coesão social a serviço do bem comum e do desenvolvimento humano integral de toda pessoa humana”.