AJUDA

Igrejas no Sudão do Sul pedem assistência humanitária após enchentes

O Conselho de Igrejas do Sudão do Sul (SSCC) apela por suporte à população vulnerável por conta das fortes chuvas e a pandemia que assolam o país

Da redação, com Vatican News

O arcebispo Stephen Mulla, de Juba / Foto: Reprodução Youtube

Os líderes do Conselho de Igrejas do Sudão do Sul (SSCC) apelam às comunidades religiosas, doadores internacionais e pessoas do setor privado para estender a mão em apoio a uma resposta para resgatar pessoas em áreas duramente atingidas pelas enchentes que continuam a causar destruição em todo o país.

“Nós, líderes do Conselho de Igrejas do Sudão do Sul (SSCC), que trabalhamos nessas comunidades, apelamos para que a assistência seja expedida às comunidades atualmente sem assistência humanitária”, disseram os líderes religiosos em uma carta assinada conjuntamente por vários representantes da Igreja, incluindo o arcebispo Stephen Mulla, de Juba.

Nos últimos meses, vários condados localizados ao longo do rio Nilo foram inundados depois que as margens do rio transbordaram devido a fortes chuvas nas áreas de captação. Estima-se que 700 mil pessoas foram deslocadas devido às inundações, que também destruíram o gado, fazendas, casas e outras propriedades.

Os muitos desafios do Sudão

Os líderes religiosos estimam que são necessários US$ 500 mil para responder de maneira imediata às necessidades de 100 mil pessoas em Jonglei, Lagos, Alto Nilo e Equatória — áreas mais afetadas pelas enchentes.

Este dinheiro, diz o SSCC, irá para o atendimento das necessidades humanitárias básicas, incluindo água, saneamento, saúde, abrigo, segurança alimentar, meios de subsistência e apoio psicossocial.

O Sudão do Sul — a nação mais jovem do mundo — tenta atualmente pôr fim aos anos de conflito em curso e violência que tiveram início em 2013, apenas dois anos após a independência do país.

Na esteira do conflito de longa duração, 1,6 milhão dos estimados 11,1 milhões de pessoas do país estão deslocadas internamente, sendo que 7,5 milhões necessitam de assistência humanitária. Cerca de metade da população sofre de insegurança alimentar, com a fome ameaçando algumas áreas e quase 300 mil crianças enfrentam uma desnutrição severa a aguda.

Os desafios já existentes do país foram ainda mais exacerbados pelo surto da pandemia de Covid-19, que “dizimou as cadeias de abastecimento, levando à escalada dos preços de alimentos básicos e produtos básicos”, disseram os líderes da igreja. Os conflitos e a pandemia também afetaram de forma negativa os esforços de entrega de ajuda, enquanto as estradas em más condições dificultaram o acesso das organizações humanitárias às áreas inundadas.

Em parceria com a Caritas e outras organizações humanitárias, o SSCC está colaborando na esperança de que possam “fornecer apoio conjunto às populações afetadas e atualmente sem assistência, se os fundos adequados estiverem disponíveis”.

Atualmente, a ONU calcula que cerca de US$ 80 milhões são necessários para uma resposta direta às enchentes, incluindo US$ 46 milhões em assistência imediata a 360 mil pessoas até o final deste ano.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo