Os bispos da Nicarágua, em comunicado ofical, reiteraram a missão evangelizadora da Igreja no país e condenaram o ataque à Catedral
Da Redação, com Agência Fides
A Conferência Episcopal da Nicarágua publicou, nesta segunda feira, 3, uma nota de condenação ao ato terrorista cometido contra a Catedral de Manágua, capital do país, na última sexta-feira, 31. Um homem encapuzado, segundo algumas testemunhas, jogou uma bomba de coquetel molotov na Capela do Sangue de Cristo dentro da Catedral, causando um incêndio que, entre outras coisas, queimou um crucifixo de cerca de quatro séculos.
“A igreja sempre será rejeitada por aqueles que não aceitarem a verdade que prega … fazer uso da violência para silenciar a voz profética da Igreja não significa que devemos parar de incentivar nosso povo a viver a missão evangelizadora que o próprio Cristo nos confiou”, afirmam os bispos.
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O bispo auxiliar de Manágua, Dom Silvio Báez, enfatizou que “os atos de terror” não intimidam a igreja de Cristo. O bispo afirmou que Jesus sente compaixão por sofrer pessoas martirizadas por opressão e injustiça. “A imagem do Sangue de Cristo destruído por um ato terrorista na Catedral de Manágua é para o país a memória viva e comovente de um Deus que não apenas carregou nossos sofrimentos na cruz, mas continua sofrendo em nosso povo oprimido, até ressuscitá-lo com liberdade e justiça “, declarou.
O ataque à catedral da capital da Nicarágua foi imediatamente definido pelo cardeal arcebispo da cidade, Leopoldo Brenes “um ato terrorista” que feriu profundamente a comunidade católica nicaraguense. Para a arquidiocese, a bomba lançada por um homem encapuzado dentro da igreja, na capela do Sangue de Cristo, foi definida como “um ato premeditado”.
Nos últimos meses, as igrejas da Nicarágua sofreram vários tipos de vandalismo. Os bispos do Conselho Episcopal da América Latina, o Celam, expressaram solidariedade e denúncia deste fato; bem como as várias conferências episcopais dos países latino-americanos.
O Papa Francisco, após a oração do Angelus, deste domingo, 2, recordou o ato: “Penso no povo da Nicarágua que sofre por causa do atentado à catedral de Manágua, onde foi muito danificada, quase destruída, a imagem tão venerada de Cristo, que acompanhou e sustentou durante os séculos a vida do povo fiel. Queridos amigos nicaraguenses, estou próximo de vocês e rezo por vocês”.