Perseverança

Igreja na Síria se mantém ativa apesar da guerra, afirma bispo

Dom Samir Nassar fala sobre a presença da Igreja na guerra que assola a Síria

Da redação, com Vatican News

Um estudante caminha ao longo de uma rua danificada na cidade de Kafr Batna, no leste de Ghouta, Síria, 5 de setembro de 2018. Foto: Reuters / Omar Sanadiki

O arcebispo de Damasco reitera a importante presença da Igreja Católica na Síria, país em que a guerra já tirou a vida de milhares de pessoas, forçando-os a um processo de migração.

A Síria está em guerra há nove anos. O que começou como protestos contra o regime do presidente Assad, em 2011, acabou por se tornar uma guerra entre o governo sírio e grupos rebeldes antigovernamentais.

O arcebispo Samir Nassar, da Igreja Católica Maronita na Síria, abordou questões pertinentes, como justiça, diálogo inter-religioso entre cristãos e muçulmanos, migração e aplicação dos ensinamentos sociais da Igreja no contexto sírio.

Persistência da Igreja

Acerca da presença da Igreja, Dom Nassar afirmou que a perseverança tem sido fundamental. “Todos ainda estamos lá. Todos os padres, bispos, nós continuamos”, afirmou.

“Somos uma igreja antiga”, prosseguiu o arcebispo. “Em alguns momentos do passado tivemos mais de 30 mil igrejas na Síria. Agora, temos perto de mil. Perdemos mais da metade deste número. Somos minoria. Costumávamos ser 5%, hoje somos apenas 2%”, lamentou o religioso.

Encontro em Bari

O arcebispo ainda recordou o encontro de domingo, 23, com os bispos dos países do Mediterrâneo em Bari como uma boa iniciativa de proteção das vítimas da guerra na Síria. Lembrou que o encontro, que contará com a presença do Papa Francisco, é um ótimo exemplo da busca pela paz na região do Mediterrâneo.

“Se começarmos no Mediterrâneo, mais tarde poderemos ir para outras áreas do mundo para termos paz em qualquer lugar”, finalizou.

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