Missionário na França destaca relação direta do Dia do Enfermo com a espiritualidade do Santuário de Lourdes
Fernanda Lima
Da Redação
Há exatamente 167 anos, acontecia a primeira aparição da Virgem Maria à jovem Bernadete Soubirous em Massabielle, na França. Neste 11 de fevereiro, a Igreja celebra Nossa Senhora de Lourdes e o Dia Mundial do Enfermo, uma data instituída por São João Paulo II em 13 de maio de 1992.
Padre Eder Pires de Brito é missionário da Comunidade Canção Nova e, atualmente, mora na França. Segundo o sacerdote, o Dia Mundial do Enfermo tem uma relação direta com a espiritualidade do Santuário de Lourdes. “O significado maior das aparições de Lourdes é a comunhão com Deus que nos ama. Um amor puro, concreto que não faz nenhuma distinção. Uma das definições mais bonitas que já ouvi é que Lourdes é a casa dos excluídos e dos marginalizados da sociedade”, ressalta.
O silêncio
O missionário relata como tem sido sua experiência com essa devoção. “Morando na França, percebi que o mais importante em relação a Lourdes não é descobrir o que cada uma das aparições significa, mas sim fazer um encontro pessoal com Jesus pela intercessão da Virgem Maria. Até mesmo porque Nossa Senhora permanece em silêncio na maioria das aparições”, frisa.
Segundo padre Eder, a conversão é a primeira graça que o fiel pode alcançar ao chegar em Lourdes. “Participar das procissões, rezar nas basílicas, repetir o gesto que Nossa Senhora pediu a Bernadette ou até mesmo viver a experiência do banho na piscina, não há nenhum significado se a conversão de coração e alma não acontecer”, salienta.
“Nossa Senhora me encontrou”
A missionária da Comunidade Canção Nova Sônia Venâncio testemunha uma relação estreita com a devoção a Nossa Senhora de Lourdes. “Cresci amando a Virgem Maria desde a minha infância. Nossa Senhora de Lourdes me visitou na minha juventude. Em 2001, namorava, trabalhava e participava de um grupo de oração. Porém, eu era uma pessoa triste. Certo dia, um jovem chegou em meu trabalho e me deu uma medalha de Nossa Senhora e foi embora. Quando olhei, reparei que era uma criança ajoelhada que olhava para a Virgem Maria. Percebi que era Santa Bernadette”, conta.
Após uma semana, Sônia recebeu outro sinal concreto da presença de Nossa Senhora. “Um seminarista me entregou uma oração a Nossa Senhora de Lourdes que dizia: ‘Ajudai-nos a encontrar o sossego e a paz da alma’. Comecei a rezar esta oração e me senti profundamente visitada por ela”, relata.
Sônia recorda outro fato marcante em sua história. “Em vários momentos da minha vida, ela deixou sinais visíveis. Rompi o namoro e comecei a fazer o caminho vocacional com a Canção Nova em Minas Gerais. Em várias partes da casa tinha sempre uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes. Esse foi o meu primeiro contato com a Comunidade Canção Nova”, concluiu.