Na celebração pelos 900 anos do nascimento do Beato Gerardo, o cardeal Angelo Becciu recordou o testemunho de entrega à vida de oração do monge
Da Redação, com Vatican News
Na manhã desta quinta-feira, 3, na igreja de São Pedro in Scala, em Salerno, foi realizada a solene celebração pelos 900 anos do nascimento do Beato Gerardo, monge fundador da Ordem de Malta no ano de 1048.
A cerimônia foi presidida pelo Cardeal Angelo Becciu, Delegado Especial da Ordem Soberana Militar de Malta e Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Na sua homilia, o cardeal descreveu o fundador da Fraternidade de São João – que mais tarde se tornaria a Ordem dos Cavaleiros de Malta – como um monge capaz de dar amor através do serviço, com uma fé inabalável a ponto de ir até a Terra Santa antes da viagem de São Francisco de Assis.
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Ao recordar o lema do frei Gerardo ‘tuitio fidei et ubesquium pauperum’, Dom Becciu enfatizou que para o Beato, Deus está no centro de tudo, assim como a necessidade de amar, mas também de dar testemunho deste amor com a fé e a evangelização. É a missão da Igreja à qual o Papa Francisco recordou várias vezes aos consagradas, mas também a todos os fiéis leigos batizados: “Gerar mudança despertando maravilha e compaixão”.
“Amar os outros como ele ama a Deus não é uma opção, não é um corolário na vida da Igreja, mas é um requisito primordial, é o mandamento do amor – lembra o cardeal Becciu -, o distintivo que nos fará reconhecer como discípulos autênticos de Jesus”.
Este é o alcance inovador do cristianismo, a genialidade de Cristo: trazer um pedaço do Paraíso à Terra, que é precisamente o amor. Mas esta é também a mensagem que o Beato Gerardo deixa a seus confrades e a todos nós: viver e difundir a missão da Igreja e a própria vocação sem ceder; só assim se pode tornar o sofrimento dos mais necessitados mais suportável e o próprio testemunho mais acreditável.
A propósito do testemunho, o cardeal recordou o quanto os Cavaleiros de Malta mostraram sua propensão para o serviço ao socorrer as populações necessitadas, sobretudo na Itália, onde, com a emergência da Covid, estavam na linha de frente ao lado dos desabrigados e dos idosos necessitados de assistência.