Dia do Escritor é recordado neste 25 de julho; escritores contam sua experiência de colocar o dom da escrita a serviço da evangelização
Huanna Cruz
Da Redação
Nesta segunda-feira, 25, comemora-se o Dia do Escritor. Por ocasião da data, nossa equipe conversou com dois escritores católicos que comentam essa oportunidade de transformar as palavras em evangelização.
Para o doutorando em Teologia Dogmática, Filosofia e mestre em Teologia Dogmática e Fundamental, casado e membro do Movimento Aliança de Misericórdia, Rafael Brito, ser um escritor católico é uma graça e ao mesmo tempo uma grande responsabilidade. Isso uma vez que tem como obrigação transmitir a sã doutrina da Igreja e os ensinamentos desta. “O objetivo e filosofia de todos os meus escritos são de levar ao interlocutor uma mensagem profunda, sólida com uma linguagem simples que todos possam entender”, afirma o escritor.
Para a missionária e escritora da Comunidade Canção Nova, Marina Adamo, ser escritora é ser fiel a um chamado, uma escolha de Deus. E no exercício dessa missão se busca inspiração na Palavra de Deus, com o objetivo de evangelizar, divulgar e levar a Palavra de Deus.
Rafael afirma que para cada livro, artigo ou post que ele faz busca inspiração nas sagradas escrituras. Sempre se fundamenta no ensinamento dos antigos, como os padres e doutores da Igreja, os grandes teólogos e santos como São Tomás de Aquino, Boaventura e sobretudo na tradição católica oriental e grega-bizantina. “A Igreja possui um tesouro, um depósito de conhecimento insondável ao longo de sua história, é nela e em seus mestres que me inspiro e fundamento meus escritos”.
“Meu público alvo é todo cristão católico e não católicos. Sinto que meus livros são instrumentos para evangelizar aqueles que ainda não conhecem o Senhor… Portanto meu alvo é conquistar o máximo de pessoas para o Reino”, ressalta o escritor.
Marina Adamo se sente chamada a escrever para as mulheres e foi nessa linha que ela desenvolveu algumas obras direcionada a esse público. A primeira foi “Mulher de Valor” e “Quando as Mulheres Falam com Deus”. Mas o livro que mais mexeu com ela foi o último lançamento da Editora Canção Nova: “Mulheres em Transformação – Pérolas Preciosas de Deus”.
Antes desse chamado de ter como público alvo as mulheres, ela escreveu, Niníve ou Társis? Como escolher um Caminho Seguro, Deus fala com você… e Eu falo com Deus.
A autora afirma que a inspiração para escrever este livro originou-se do Projeto “Pérolas – Mulheres em Transformação”, que ela criou em 2017. O intuito é de ajudar no processo de transformação da mulher como pessoa, alicerçado na Palavra de Deus, com base no Livro de Provérbios 31,10: “Uma mulher virtuosa, quem pode encontrá-la? Superior ao das pérolas é o seu valor.”
Rafael Brito escreveu dois livros sobre os santos anjos. Lançados pela Editora Angelus, seu objetivo é compor uma trilogia dos ensinamentos da Igreja sobre os seres angélicos, dando continuidade ao “O segredo dos anjos” e “O mistério do anjo da guarda, um companheiro para toda a vida”.
Independente do público alvo, a tradição literária católica é marcada por escritores que entendem que a natureza humana encontra sua causa final não na mera beleza, não na mera inclusão, mas na salvação. E é possível tocar nessa realidade dos testemunhos que acontecem no ordinário da vida a partir da evangelização pela arte da escrita.