No Dia do Afilhado, sacerdote afirma que padrinhos devem acompanhar seus afilhados com a presença e com o testemunho cristão
Da redação, com Mauriceia Silva
Neste sábado, 21, é celebrado o Dia do Afilhado. Segundo o missionário e responsável pelos clérigos da Comunidade Canção Nova, padre Márcio Prado, os afilhados devem ser bem acompanhados por padrinhos comprometidos e que dão bom testemunho, sobretudo ajudando a educar nos caminhos da fé cristã.
O sacerdote aproveita a data para reforçar a importância dos pais serem criteriosos para a escolha do padrinho e da madrinha. Segundo o presbítero, essa escolha deve passar pelo critério da fé.
“Que não seja simplesmente por amizade, simplesmente por que é conhecida, ou porque quer homenagear aquele parente, aquele amigo”, sublinha.
Padre Márcio ressalta que os pais devem se fazer perguntas importantes como: Aquela pessoa é uma pessoa crente? É uma pessoa que dá testemunho da fé? É uma pessoa que participa da missa aos domingos? É uma pessoa que vive bem o seu matrimônio? Essa pessoa vai conseguir acompanhar o meu filho, na sua caminhada de fé?
Além da presença, intercessão e bom testemunho
A missionária e gerente-geral do Departamento Infantil da Comunidade Canção Nova, Tatiana Ferreira de Lima, tem 11 afilhados. Para ela, essa escolha dos padrinhos é uma grande responsabilidade e os eleitos precisam estar aptos.
Além da presença e laços afetivos, Tatiana reforça que os afilhados devem ser acompanhados também com a intercessão e o bom testemunho de santidade. “É esse o maior legado que posso deixar para os meus afilhados”, explica.
A missionária afirma que vive uma experiência linda com seus afilhados. É um laço tão forte de amor, que isso leva Tatiana a se doar para eles independentemente da distância. “Me sinto tão realizada, com um coração cada vez mais dilatado para acolhê-los e amá-los”.
“É verdadeiramente uma experiência de amor”, afirma. Ela ainda explicou que vive os momentos importantes, as diversas fases que eles passam, avanços, progressos, vitórias, dificuldades e que procura sempre acompanhá-los: “É um dom e tarefa, graça e responsabilidade de cuidar, interceder e amar.”
Referências
Uma das afilhadas de Tatiana, a universitária Beatriz Valdez, conta que desde pequena olha para seus padrinhos como referências para seguir a vontade de Deus. “São pessoas de oração e evangelização”, comenta.
“Minha madrinha de consagração é um grande exemplo de espiritualidade para mim. Ela é uma mulher que largou tudo por Deus e se doa a cada dia. Eu consigo perceber que ela sempre se coloca a serviço, e tem um grande desejo pela salvação das almas”, relata.
Para Beatriz, seus padrinhos influenciaram diretamente na pessoa que ela é hoje e principalmente na sua atuação na Igreja: “Acho que sempre olhei pra eles como uma grande referência na evangelização pública. Sempre gostei de cantar e pregar e via eles fazendo isso. Eu queria ser assim também, porque eles pregavam o amor de Deus para as pessoas”.
Desafio
Ser padrinho e madrinha tem se tornado uma realidade ainda mais exigente. Por isso, padre Márcio destaca que é preciso ser um sinal para os afilhados, para que eles não percam os valores cristãos os valores éticos.
“Hoje os padrinhos precisam de fato estar perto dos seus afilhados, precisam acompanhar as notícias, aquilo que tem sido veiculado, mas, sobretudo, penso que os padrinhos, precisam estudar a fé. Eles precisam rezar para que possam transmitir para os seus afilhados o alimento sólido”, afirmou o sacerdote.
Para Beatriz, a proximidade de sua madrinha de consagração com ela reforça o cuidado e educação que ela recebe dos pais: “Ela sempre se fez presente, desde quando eu nasci até agora. Sempre cuidando de mim e cobrando o meu melhor, a gente conversa bastante e ela é muito verdadeira comigo”.
Sementes de Deus
Para a gestora financeira, Sheila Ferreira da Silva – que tem cinco afilhados, a responsabilidade a deixa com um desejo de céu para seus afilhados.
Em oito anos de missão como madrinha ela afirma também ter aprendido a falar sobre o evangelho de uma forma mais simples e amorosa. “A minha afilhada mais velha hoje é coroinha e faz parte da liturgia e catequese. Com 8 anos a gente vê que aqueles frutos já começaram a germinar. Isso deixa o coração de todos muito feliz, pois com a graça de Deus temos conseguido deixar sementes nos afilhados”.
Busca dos Sacramentos
Por fim, padre Márcio explica que apadrinhar alguém vai muito além de estar presente na celebração do batismo ou crisma:
“É preciso que o padrinho ou madrinha assuma a responsabilidade de estar presente. De maneira prática os padrinhos precisam dar testemunho, sobretudo, da busca dos sacramentos”, conclui.