Desde o começo do cristianismo, a Igreja costumava visitar os presos e cuidar dos seus membros mais fracos
Da redação, com Vatican News
A Pastoral Carcerária celebra neste ano de 2022 o seu jubileu de ouro. Desde o começo do cristianismo a Igreja costumava visitar os presos e cuidar dos seus membros mais fracos, atitude que consta entre as obras de misericórdia corporais.
Nos anos 60, alguns acontecimentos marcaram a caminhada da Igreja na América Latina, entre eles o Pacto das Catacumbas, momento em que os signatários se comprometeram a colocar os pobres no centro de sua ação pastoral.
As Conferências de Medellín (1968) e Puebla (1979) foram um marco fundamental para a concretização do Concílio Vaticano II e da Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi”. Neste momento, consagrou-se a centralidade da pessoa na evangelização, na defesa e promoção dos Direitos Humanos e na Opção Preferencial pelos Pobres.
Em seguida, nasceu a Pastoral Carcerária. A cidade do México, Puebla é conhecida como opção preferencial pelos pobres e nela encontra-se a referência explícita da pastoral carcerária: “Se a Igreja está presente na defesa ou promoção da dignidade do homem, fá-lo de acordo com a sua missão, … e declarou que em última instância se identificará com os deserdados – enfermos, presos, famintos, solitários -, … que a sua missão evangelizadora tem como parte indispensável a ação pela justiça e as tarefas de promoção do homem” (Puebla 3.2)
Os primeiros passos
Padre Alfonso Pastore foi o primeiro padre a lutar pela criação da Pastoral Carcerária no Brasil. Seu trabalho foi árduo, até fazer com que a Pastoral fosse reconhecida pela Igreja no Brasil.
Neste tempo surgiu também a primeira Apostila de Formação da Pastoral Carcerária, que foi criada pelo padre Paulo Ruffier. A apostila elaborada no período que realizava as visitas tornou-se referência para todo o país e tendo sido publicada no ano de 1972.
A organização da Pastoral Carcerária como instituição da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se deu por etapas, e também por processos de construção diferentes nas Diocese, Prelazias e Regionais da CNBB.
O primeiro encontro Nacional da Pastoral Carcerária aconteceu nos dias 7 a 9 de agosto de 1973, no Rio de Janeiro. Como resultado deste encontro, o relatório é publicado pela CNBB Documento de Estudos N°4 ano 1974.