Visita do secretário para as Relações com os Estados do Vaticano é para expressar a proximidade à população provada pelo conflito
Da redação, com Vatican News
Visitar lugares atingidos pela guerra para levar a proximidade do Papa Francisco e da Santa Sé. Esta é a missão que o secretário para as Relações com os Estados, arcebispo Paul Richard Gallagher, iniciou nesta quinta-feira, 18. O prelado chegou à fronteira da Polônia com a Ucrânia em Korczowa, onde foi recebido pelo embaixador ucraniano junto à Santa Sé, Andriy Yurash, e pelo arcebispo de Lviv, dom Mocrzycki.
Na terça-feira, 17, em um tweet na conta da Secretaria de Estado, a viagem foi anunciada com a evidência do 30º aniversário das relações diplomáticas entre o Vaticano e o país da Europa Oriental. Uma viagem – lê-se no tweet – para reafirmar “a importância do diálogo para o restabelecimento da paz”.
Programação
Entre as cidades que serão visitadas estão Lviv e Kiev. Na primeira, são vários os compromissos agendados. Na quarta-feira houve um encontro com Dom Igor Vozniak, arcebispo greco-católico de Lviv, seguida de uma visita a um abrigo de refugiados.
Nesta quinta-feira, 19, acontece primeiro uma conversa com o presidente da região de Lviv, Maksym Kozytskyy, seguida de uma reunião com Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, arcebispo maior da Igreja greco-católica ucraniana, e com o presidente da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Stanisław Gądecki.
Dom Gallagher já havia falado sobre sua próxima viagem em uma entrevista televisiva na semana passada durante o programa da RAI ‘Tg2 post’. Durante os vinte minutos da entrevista, o prelado havia abordado vários temas, desde a guerra na Ucrânia até o rearmamento, passando pelas repercussões internacionais e ecumênicas do conflito. A viagem, ele havia esclarecido, já havia sido planejada antes da Páscoa e depois adiada por motivos de saúde.
O Secretário para as Relações com os Estados havia enfatizado várias vezes que a Santa Sé apoia todas as tentativas de diálogo para promover uma compreensão e buscar uma solução. As palavras, disse, têm grande peso na ação diplomática, especialmente se “a vida das pessoas” depende delas. O risco de instrumentalização deve ser evitado e restaurar a “franqueza e sinceridade”.