“As palavras-chave para entender os dez anos de pontificado do Papa Francisco são: acolher, proteger, promover e integrar. Assim, tornou-se conhecido como o Papa dos migrantes e dos pobres”, afirma o Presidente da Conferência Episcopal Polonesa, arcebispo Stanislaw Gądecki
O presidente da Conferência Episcopal Polonesa, arcebispo Stanislaw Gądecki / Foto: Reprodução Youtube
Da redação, com Vatican News
O Presidente da Conferência Episcopal Polonesa admitiu: “Estou muito grato ao Santo Padre que, no início de seu pontificado, disse com clareza e firmeza que ‘os migrantes e refugiados não são peões no tabuleiro de xadrez da humanidade. São crianças, mulheres e homens que saem ou são obrigados a sair de casa por motivos diversos, que partilham uma vontade legítima de saber e ter, mas sobretudo de ser mais’ [esta foi a Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado em 2014]. Estas palavras mostram sua atitude durante os dez anos de seu pontificado”, disse à Rádio Vaticano.
O apoio do Papa à Polônia
No contexto dos milhões de migrantes que fugiram da Ucrânia desde a invasão russa do país em fevereiro de 2022, o arcebispo Gądecki disse: “Sentimos o apoio do Papa Francisco, que agradece publicamente aos poloneses por ajudar os migrantes e refugiados da Ucrânia. Essas palavras fortalecem muito a todos nós para continuar ajudando.”
Muitos poloneses recebem refugiados em suas casas. Os refugiados estão hospedados em muitos edifícios da Igreja. Mais de mil casas de irmãs religiosas estão envolvidas em ajudar pessoas da Ucrânia, principalmente mães com filhos. Em nome da Conferência Episcopal Polonesa, a Caritas está ajudando mais de dois milhões de ucranianos. É um exemplo de misericórdia cristã.
“O Papa Francisco nos preparou para isso, repetindo que migrantes e refugiados devem ser acolhidos, protegidos, promovidos e integrados”.
Estimativas apontam que o atual fluxo migratório na Europa é o maior desde a Segunda Guerra Mundial / Foto: Reprodução Reuters
Encontro com o Papa Francisco
O arcebispo Gądecki falou sobre seu encontro com o Papa Francisco, que durou mais de 45 minutos. “O Papa estava muito interessado no destino dos migrantes. Conversamos sobre se os poloneses continuarão a perseverar nesta ajuda aos ucranianos. Nosso apoio à Igreja Católica Grega e à Igreja Católica Romana também foi um tópico da conversa.”
“Eu disse ao Santo Padre que tentamos não deixar ninguém sem ajuda”.
Maior movimento migratório da Europa, um dos maiores do mundo
Estima-se que 10,3 milhões de pessoas da Ucrânia cruzaram a fronteira para a Polônia desde o início da guerra na Ucrânia, de acordo com dados publicados pela Guarda de Fronteira na Polônia nesta semana. Ao mesmo tempo, mais de 8,4 milhões cruzaram a fronteira da Polônia para a Ucrânia. Mais de um milhão de refugiados da Ucrânia permaneceram na Polônia e 95% delas são mães com filhos.
No ano passado, o movimento de migrantes e refugiados foi o maior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e um dos maiores do mundo nas últimas décadas.
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