VIOLÊNCIA

Dom Dumas, bispo do Haiti, é ferido durante explosão

O bispo foi atingido na casa onde estava hospedado durante sua visita a cidade de Porto Príncipe, capital do país; episcopado emitiu nota e disse que seu estado de saúde é ‘estável’

Da redação, com L’Osservatore Romano

Dom Pierre-André Dumas, bispo de Anse-à-Veau e Miragoâne / Foto: Reprodução Youtube

A apreensão no Haiti é grande em relação a dom Pierre-André Dumas, bispo de Anse-à-Veau e Miragoâne, que foi atingido no domingo, 18, “por uma explosão” na casa onde estava hospedado durante sua visita a Porto Príncipe.

O anúncio foi feito pela Conferência Episcopal do país caribenho (Ceh), conforme citado pela agência Sir. Em uma nota dos bispos locais, assinada pelo padre Jean Rodney Brévil, secretário permanente adjunto da Ceh, explica-se que “o estado de saúde de dom Dumas é estável”.

A notícia chega em um momento em que o quadro de insegurança na parte ocidental da ilha não mostra sinais de melhora. Nas últimas horas, um grupo armado atacou um micro-ônibus de passageiros que fazia o trajeto entre Porto Príncipe e Mirebalais, deixando pelo menos 10 pessoas mortas. De acordo com uma investigação inicial, foram membros da gangue criminosa “400 Mawozo” que entraram em ação.

Há muito tempo o Haiti é dominado pela violência de várias gangues que lutam pelo controle do território. A ONU informou que janeiro de 2024 foi o mês mais sangrento em mais de dois anos, com pelo menos 1.108 pessoas mortas, feridas ou sequestradas.

Também houve novos tumultos nas principais cidades do Haiti nos últimos dias, pois as manifestações convocadas pela oposição exigiram a renúncia do primeiro-ministro interino, Ariel Henry.

De acordo com a imprensa local, o poder judiciário haitiano indiciou cerca de 50 pessoas, incluindo a ex-primeira-dama Martine Moïse, o ex-primeiro-ministro Claude Joseph e o ex-chefe da polícia nacional haitiana Léon Charles, por suposto envolvimento no assassinato do presidente Jovenel Moïse, o político foi morto em 7 de julho de 2021 em sua residência em Porto Príncipe por um grupo de criminosos colombianos.

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