Apresentada no Vaticano, iniciativa busca promover proteção e reconhecimento do trabalho de defensores ambientais, líderes sociais e atores cívicos
Da Redação, com Sala de Imprensa da Santa Sé
O Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam) lança nesta terça-feira, 10, uma campanha em solidariedade aos defensores dos direitos humanos e do meio ambiente. Intitulada “A vida está por um fio”, a iniciativa conta com apoio do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e da Pontifícia Comissão para a América Latina.
A campanha é fruto de uma articulação de organizações sociais, religiosas e cívicas lideradas pelo Celam, que inclui a Plataforma de Paz, Democracia e Direitos Humanos e a Comunidade de Proteção Latino-americana. Com o tema “Tecendo futuros, protegendo vidas”, o objetivo é articular ações que promovam a solidariedade, a proteção e o reconhecimento do trabalho de defensores dos direitos humanos, líderes sociais e atores cívicos no continente.
A iniciativa foi apresentada nesta segunda-feira, 9, na Sala de Imprensa da Santa Sé, em coletiva que contou com a participação do prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Michael Czerny; da secretária da Pontifícia Comissão para a América Latina, Emilce Cuda; do presidente do Celam e arcebispo de Porto Alegre (RS), Cardeal Jaime Spengler; do arcebispo de Lima, Cardeal Carlos Castillo; e do arcebispo de Santiago, Cardeal Fernando Chomalí.
Eixos temáticos
O lançamento oficial acontecerá em um evento virtual às 20h (no horário de Brasília) transmitido pelo canal do Celam no YouTube e que reunirá representantes de diferentes setores sociais e religiosos da América Latina. A campanha dará visibilidade a casos emblemáticos de defensores dos direitos humanos e ambientais na América Latina e no Caribe, reunidos em torno de cinco eixos temáticos: modelo extrativista; narcotráfico e crime transnacional; limitação da liberdade de expressão e da participação cidadã; conflitos armados internos; e freio às mulheres defensoras dos direitos humanos e seu papel na política.
Desta forma, serão compartilhadas diversas histórias e testemunhos a fim de impulsionar ações concretas frente à indiferença social, à desarticulação institucional, à fragilidade dos sistemas de proteção e à impunidade perante os crimes cometidos. A campanha se estenderá por um ano, coincidindo com o Jubileu 2025.