15/08

Diocese de Lorena celebra sua padroeira, Nossa Senhora da Piedade

Missa solene foi presidida na Catedral pelo administrador apostólico Dom Benedito Beni dos Santos

Jéssica Marçal
Da Redação

Imagem de Nossa Senhora da Piedade na Catedral de Lorena / Foto: Reprodução TV Canção Nova

A diocese de Lorena (SP) celebra, neste sábado, 15, a festa de sua padroeira, Nossa Senhora da Piedade. O administrador apostólico, Dom Benedito Beni dos Santos, bispo emérito de Lorena, presidiu a missa solene das 10h, na Catedral dedicada à padroeira. A celebração contou com a participação de apenas alguns fiéis, respeitando o decreto diocesano e as orientações sanitárias por causa da pandemia.

A celebração de Nossa Senhora da Piedade coincide com a solenidade litúrgica da Assunção de Nossa Senhora (que, no Brasil, será celebrada neste domingo, 16). Dom Beni explicou que existe uma razão profunda para isso: não se pode separar a Senhora da Piedade da Senhora da Glória. “Aquela que participou de um modo tão profundo e único do sofrimento da Paixão de Cristo foi também a primeira a participar da glória da Sua ressurreição”.

A partir do Evangelho do dia, Dom Beni destacou que, logo após a anunciação, Maria foi apressada à casa de Isabel e Zacarias. “Trata-se da pressa da missionária, daquela que tem necessidade de dar logo uma alegre notícia, uma notícia importante. Ela levava agora em seu ventre o próprio Redentor da Humanidade”.

Dom Benedito Beni / Foto: Reprodução TV Canção Nova

E ao receber a saudação de Isabel, Maria responde com o canto do Magnificat que, conforme explicou Dom Beni, citando Santo Agostinho, é o canto novo, o canto não só dos lábios, mas da vida. “O Magnificat, o canto novo, é a biografia de Nossa Senhora. O primeiro traço dessa biografia está expresso em todo o Magnificat. Esse canto mostra o primado que a Palavra de Deus exercia na vida de Nossa Senhora”.

Dom Beni ressaltou que o canto de Nossa Senhora é inspirado no canto de Ana, a mulher estéril do antigo testamento que recebeu de Deus a graça de gerar um filho. Nossa Senhora também recorda Abraão, faz referência implícita à libertação de Israel da escravidão do Egito. “Isso mostra que a Palavra de Deus era a casa onde habitava Nossa Senhora”.

O segundo traço dessa biografia de Maria é “o Todo-poderoso realizou maravilhas em mim”. “Quando Maria pronunciou essas palavras, ela pensava na maravilha de uma virgem conceber não só o ser humano, mas conceber o próprio Filho de Deus”, disse Dom Beni, citando ainda outras maravilhas que Deus realizou em Nossa Senhora, como sua imaculada conceição, a sua preservação do pecado por toda a vida, sua assunção ao céu.

Dom Beni destacou ainda um terceiro traço dessa biografia: “todas as gerações me chamarão de Bem Aventurada”. O bispo emérito disse que a assunção de Nossa Senhora ao Céu mostra que ela já participa da obra salvífica de Deus plenamente realizada. E sendo assim, ao contemplar sua assunção, descobre-se o futuro de cada um: um dia participar com ela da salvação plenamente realizada.

“Nossa Senhora é a rainha da igreja que está no céu e da Igreja peregrina neste mundo”, disse ainda o bispo, destacando a relação especial de Maria com cada pessoa da Santíssima Trindade. Ela foi preparada por Deus Pai para ser a mãe do Filho de Deus e concebeu o Filho pelo poder do Espírito Santo.

Dom Beni considerou, por fim, que a devoção a Nossa Senhora consiste em reservar para ela um lugar especial no coração, na família, na comunidade, na cidade. “Quem imita Nossa Senhora está prestando culto a ela. Imitar a intimidade de Nossa Senhora com Cristo. Imitar a sua fé”. Ela observava tudo o que acontecia com o Menino Jesus, guardava em seu coração, meditava, tirava consequências para a sua vida, isso é ter fé, acrescentou o bispo, deixar-se conduzir por Cristo e sua Palavra. “Vamos, pois, nesse dia, fazer de Nossa Senhora, nossa mãe, também a mestra de nossa vida”.

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