No Dia Mundial Contra a AIDS, a Comunidade de Santo Egídio destaca seus esforços para garantir saúde para todos na África e acabar com as desigualdades causadas pelas pandemia
Da redação, com Vatican News
A Comunidade de Santo Egídio trabalha para “salvar o futuro de África”, combatendo as desigualdades na área da saúde, acesso a tratamentos e medicamentos. Trata-se de uma comunidade cristã que agrega outras comunidades em mais de 70 países ao redor do mundo, dedica uma ação especial aos pobres e aos que vivem à margem da sociedade, testemunhando o Evangelho por meio do compromisso caritativo e promovendo a paz mundial.
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Ecoando o apelo do Papa Francisco em sua Audiência Geral desta quarta-feira, 1º, no Dia Mundial da AIDS por um “renovado compromisso de solidariedade para garantir cuidados de saúde justos e eficazes”, a Comunidade de Santo Egídio emitiu um comunicado em que destaca o trabalho de seu programa “DREAM”, lançado em 2002 e agora presente em dez países africanos.
O projeto trabalha em estreita colaboração com as mulheres africanas, especialmente, uma vez que representam o fulcro da família e da sociedade em geral, ensinando e compartilhando uma nova “cultura de saúde” através das 50 clínicas do Dream que oferecem os mais recentes diagnósticos e tratamentos para quem vive com HIV. Mais de meio milhão de pessoas foram assistidas por meio desse programa que facilitou o nascimento de 120 mil crianças sem HIV, apesar de terem nascido de mães soropositivas.
O tema do Dia Mundial Contra a AIDS de 2021 é: “Acabar com as desigualdades. Acabar com a AIDS. Acabar com as pandemias”. O programa DREAM da Comunidade Santo Egídio tinha este objetivo desde o início, ajudando a desenvolver os sistemas locais de saúde com um modelo sustentável de longo prazo, garantindo os melhores resultados com o menor custo. Isso inclui a oferta de medicamentos gratuitamente, o treinamento de funcionários locais, a oferta de aconselhamento, prevenção e serviços de teste aos pacientes. Os esforços de tratamento são acompanhados por atividades essenciais de conscientização e prevenção sobre questões de saúde e cuidados, especialmente para os jovens.
O programa DREAM também lida com a pandemia Covid-19, trabalhando para levar vacinas a milhões de africanos que ainda esperam por elas ou não têm acesso a essas vacinas. As preocupações aumentam de que estejam negligenciando a África devido à última variante, denominada Omicron Covid, que pode piorar uma situação já precária marcada pela falta de vacinas Covid, colocando aqueles que vivem com HIV em risco ainda maior de complicações de saúde graves. A campanha DREAM lançou um apelo por uma distribuição justa de vacinas, não só para promover a equidade e a justiça, mas também porque “salvar a África significa salvar a todos”.
A Santo Egídio, em sua declaração, observa que estamos entrando no terceiro ano da pandemia Covid-19, enquanto estamos na quinta década da pandemia de HIV/AIDS, uma doença que continua a matar. Estima-se que 79,3 milhões de pessoas foram infectadas com o HIV desde o início e 36,3 milhões morreram de doenças relacionadas à AIDS, de acordo com o UNAIDS. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), dois terços das pessoas HIV-positivas, 25,7 milhões de pessoas, vivem na África, 80% das quais são mulheres com idade entre 15 e 19 anos.