Com o objetivo de matar o Menino Jesus, monarca ordenou que fossem mortas todas as crianças com menos de dois anos que se encontravam em Belém
Da redação
Foto: Alexander Zvir via Unsplash
Os chamados “Santos Inocentes” são celebrados nesta terça-feira, 28. A data faz memória às vítimas do Rei Herodes que, segundo as Sagradas Escrituras, queria matar o Menino Jesus. O monarca ordenou que fossem mortas todas as crianças com menos de dois anos que se encontravam em Belém.
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.: Quem são os Santos Inocentes?
Em sua conta oficial no twitter (@pontifex_pt), o Papa Francisco comentou sobre a data: “Os novos Herodes dos nossos dias destroem a inocência das crianças sob o peso do trabalho escravo, da prostituição e da exploração, das guerras e da emigração forçada. Rezemos Juntos hoje por estas crianças e defendamo-las. #SantosInocentes”.
Em missa celebrada em 2018, na Gruta de São José, no complexo da Basílica da Natividade, em Belém, frei Dobromir Jaztal, recordou que celebrar estes santos é uma tradição que vem do quarto século.
A Gruta de São José marca o local onde o santo, advertido pelo anjo, decidiu fugir com sua família para o Egito diante da ameaça de Herodes.
“A maldade do pecador, como Herodes, semeia morte e ódio enquanto o amor do justo e do inocente, como Jesus, traz frutos de vida e salvação”, afirmou frei Jaztal.
Atenção aos inocentes
A festa dos Santos Inocentes foi instituída pelo Papa São Pio V e é um convite para que os católicos reflitam sobre a situação atual dos milhões de “pequenos inocentes”. São eles: crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência.
Em 2017, o Papa Francisco escreveu uma carta aos bispos como forma de apelo em prol dos direitos das crianças. No texto, também um novo pedido de perdão pelos casos de pedofilia cometidos pelo clero.
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.: Íntegra da carta
O Santo Padre citou a estimativa do número de crianças que poderão viver em pobreza extrema em 2030. O Pontífice lembrou, na época, as crianças que tiveram que interromper os estudos por causa das emergências humanitárias e as vítimas do tráfico sexual.
Casos de pedofilia
Sobre os casos de pedofilia cometidos por sacerdotes, Francisco afirmou: “Solidarizamo-nos com a dor das vítimas e, por nossa vez, choramos o pecado: o pecado que aconteceu, o pecado de omissão de assistência, o pecado de esconder e negar, o pecado de abuso de poder. Também a Igreja chora amargamente este pecado dos seus filhos e pede perdão.”
O Papa pediu renovado empenho dos bispos para que esses casos não se repitam. Que as crianças tenham sua dignidade de filhos de Deus não só respeitada, mas sobretudo defendida, exortou Francisco.
“Assumamos, clara e lealmente, a determinação ‘tolerância zero’ neste campo”, escreveu.
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