São Brás foi médico, bispo, mártir e se tornou santo da Igreja católica; um médico que se tornou santo e até hoje é venerado em muitos lugares
Fernanda Lima
Da Redação
Conhecido como o protetor contra as doenças da garganta e considerado o padroeiro dos radialistas, a memória litúrgica de São Brás é celebrada nesta segunda-feira, 3.
O pároco da paróquia São Brás em São Paulo, Monsenhor Sérgio Tani, relata que São Brás foi médico antes de ser padre e bispo, portanto a devoção que o povo tinha era desde o tempo em que ele era médico do corpo. “Ele nasceu no final do século IV, início do século V, essas datas são sempre um pouco imprecisas devido à distância do tempo. Então se tornou médico, atendia aos pobres, aqueles que não podiam pagar. Aos poucos foi crescendo a sua fama de santidade, as pessoas continuaram procurando, não só para curar o corpo, mas para curar a alma, aí já começa a devoção e os milagres de São Brás”, afirma.
Monsenhor Sérgio destaca outro fato importante na vida do santo. “São Brás foi interpelado por uma mãe com uma criança no colo, que estava morrendo engasgada com uma espinha de peixe na garganta. Ela pediu ao glorioso santo que curasse o seu filho. São Brás imediatamente curou aquela criança”, enfatiza.
Bênção da garganta
De acordo com o sacerdote, a tradicional bênção da garganta surgiu a partir desse acontecimento. “Depois disso, atribuiu-se que São Brás teria eventualmente usado as velas para curar a garganta. Com a devoção popular, passamos a usar as velas para dar a bênção por esse motivo”, afirma.
Testemunho
Monsenhor Sérgio Tani ressalta o testemunho de uma mãe que alcançou um verdadeiro milagre com a intercessão do santo. “Recebemos outro dia uma carta da mãe de um médico do Nordeste. Não me recordo exatamente a cidade, e esta mãe então dava testemunho pelo seu filho que teve uma grave doença na garganta. Ele mesmo não praticava tanto a fé. A mãe pediu a intercessão do glorioso São Brás, e o filho dela, médico, recebeu a cura do câncer que ele tinha na garganta”, sublinha.