EM BELO HORIZONTE

Devoção do povo marca festa de Nossa Senhora da Boa Viagem

Nossa equipe de Belo Horizonte foi conferir a celebração de Nossa Senhora da Boa Viagem, a padroeira da cidade.
Acompanhe na reportagem de Vanessa Anício, Daniel Camargo e Vitor Ferreira.

A tradicional Igreja da Boa Viagem fica em um dos pontos mais antigos de Belo Horizonte. O templo já existia antes mesmo da capital ser construída e foi ali que muitos acreditam que a cidade começou a tomar forma.

“Em frente à pequena capela tinha um chafariz. Então aqui os tropeiros paravam, comiam, tomavam água e então vinham pedir a proteção de Nossa Senhora da Boa Viagem, ou para entrar nas terras mineiras ou saindo sentido litoral”, contou o pároco da Igreja da Boa Viagem, padre José Marques Júnior.

A Igreja foi tombada como patrimônio histórico e hoje é reconhecida como Santuário. Porém, mais do que um ponto turístico, a Boa Viagem é um porto de fé, um lugar onde o tempo parece desacelerar mesmo no coração da cidade. 

“Aqui é um oásis, onde nós encontramos tranquilidade em meio a uma vida tão corrida, tão barulhenta, que nós vivemos, tão cansativa que nós encontramos repouso nos braços de Jesus e de Maria”. 

Inspiração que conduziu o diácono Nelsinho Corrêa a traduzir em palavras o sentimento de viver e exaltar naquele templo o sacramento da comunhão. “Na verdade, eu não compus a música, eu escrevi uma oração. Eu vim aqui para rezar, vi conhecer a igreja que eu não conhecia. E quando eu entrei, eu fiquei impactado, falei: ‘Meu Deus, que coisa maravilhosa’. E aí escrevi a letra. Então essa igreja, o ambiente que ela propicia, a adoração, a beleza dela e esses anos todos que ela existe, depois saber da história, me fez fazer normalmente uma viagem, uma viagem no bom sentido da palavra”, relembrou o diácono e cantor, Nelsinho Corrêa.

A celebração do dia da padroeira é mais do que uma tradição religiosa. É também um lembrete de que na correria de uma capital há sempre espaço para o sagrado, a memória e a esperança. “É importante para a nossa fé, sim, mas também para a nossa história, nossa cultura do povo de Belo Horizonte. Então, preservar, venerar Maria Senhora da Boa Viagem é trazer viva essa história de mais de 300 anos”, concluiu o pároco.

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