Marcada para 30 de setembro, Vigília reunirá líderes cristãos de diferentes confissões e milhares de jovens antes da abertura da primeira sessão sinodal
Da Redação, com Vatican News
Foto: Reprodução Vatican News
No sábado, 30, último dia de setembro, terá lugar a Vigília Ecumênica no Vaticano. Presidido pelo Papa Francisco e com o nome de “Together” (“juntos”, em inglês”), o evento reunirá patriarcas, bispos e chefes de igrejas de outras tradições cristãs com jovens de 18 a 35 anos de todo o mundo, antes da primeira sessão da fase universal do Sínodo dos Bispos que acontecerá em outubro.
Uma coletiva de imprensa realizada no Vaticano apresentou mais detalhes acerca desta Vigília, símbolo do “caminhar juntos” que baseia todo o processo sinodal. Participaram da entrevista o prefeito do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé e presidente da Comissão de Informação do Sínodo da Sinodalidade, Paolo Ruffini, a subsecretária da Secretaria Geral do Sínodo, Ir. Nathalie Becquart, e o Ir. Matthew, da Comunidade de Taizé.
“O desafio deste Sínodo é aprender a caminhar mais juntos, na escuta do Espírito, para nos tornarmos uma Igreja mais sinodal, com o objetivo de anunciar o Evangelho no mundo de hoje”, expressou Ir. Nathalie. Desta forma, será extremamente simbólico ver os líderes das Igrejas Ortodoxa, Protestante e Evangélica, juntamente com alguns delegados fraternos, ao lado do Papa e dos participantes do Sínodo, que também farão um retiro antes de começar as atividades em 4 de outubro.
Detalhes da Vigília
A Vigília acontecerá das 17h às 19h de Roma, na Praça de São Pedro. Ela será aberta por cantos de agradecimento e louvor, seguida por uma introdução feita pelo Papa Francisco, por uma oração do Patriarca Bartolomeu I e a leitura da Palavra de Deus. Ao fim do evento, haverá então uma oração final e a bênção conjunta de Francisco e de todos os doze chefes das Igrejas e líderes cristãos.
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O Ir. Matthew citou que cerca de 3 mil jovens estarão também reunidos na Praça São Pedro para participar da Vigília. Já Ruffini se dirigiu aos jornalistas, indicando que o Papa convidou todos a entender e transmitir “o que é e o que não é o Sínodo”, enfatizando que o modo que abordarão o Sínodo é muito importante para o processo de discernimento e para toda a Igreja.
Sobre a sessão sinodal
“Preservando a confidencialidade, a privacidade, diria que a sacralidade de alguns espaços de conversa no Espírito é consubstancial com o desejo de fazer destes momentos uma verdadeira oportunidade de escuta, de discernimento e de oração baseada na comunhão”, expressou o prefeito do Dicastério para a Comunicação.
Tudo isso refletirá numa metodologia de trabalho desenvolvida para permitir que os membros do Sínodo “se conheçam e se escutem”, sentindo-se assim “parte de um só corpo”. Ruffini também destacou que, após três semanas de oração, reflexão e conversão, a assembleia aprovará um documento sumário, que “será naturalmente público”, mas que não deve ser considerado como “o documento final” do Sínodo, que terá a segunda sessão de sua fase universal em 2024.
Citando as palavras do Papa, Ruffini reiterou que o Sínodo não é e não será “a discussão de um Parlamento, que é uma coisa diferente da dinâmica eclesial. Haverá certamente ideias que podem não coincidir, mas também a procura de um consenso que una todos. Isto é o que caracteriza o processo sinodal”, sublinhou.
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