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Conheça mais sobre a devoção a Nossa Senhora das Dores

Neste dia 15 de setembro, um dia após a Exaltação da Santa Cruz, a Igreja celebra Nossa Senhora das Dores.

Reportagem de Aline Imercio e Gilberto Pereira

No banco da paróquia dedicada à Nossa Senhora das Dores, dona Geni participa da Santa Missa. Aos 90 anos, ela frequenta o local há mais de oito décadas e diz que aprendeu com a mãe de Jesus a ter fé, mesmo diante dos sofrimentos da vida. “Eu acho que sempre a gente tem que pensar aquilo que acontece para nós, nós temos que aceitar. Deus sabe o que faz, não é mesmo? Nunca perder a fé”, testemunhou a aposentada, Geni Naum. 

O título de Nossa Senhora das Dores foi promulgado no século XIX, mas a devoção já era difundida pela ordem dos servos de Maria. “Nós temos a presença dessa devoção na Ordem dos Servos de Maria desde a sua fundação, que foi em 1233. Então, São Felipe que responde a um dos frades dominicanos que lhe pergunta: ‘Mas quem são vocês?’ dizendo que ‘pelo hábito preto trazemos a viuvez e as dores de Nossa Senhora’”, contou o pároco da Igreja Nossa Senhora das Dores e São Peregrino, frei Moisés de Oliveira Coelho. 

Um dos momentos especiais dessa devoção é a meditação das Dores de Maria, os sete períodos de sofrimentos vividos por Nossa Senhora que são relembrados e refletidos diante de seu amor maternal por Jesus. “Primeira dor é a profecia de Simeão, quando ela estando no templo, apresentando o Menino no templo, recebe esta profecia de que o menino seria causa de queda e de reerguimento de muitos, que a Maria uma espada lhe transpassaria a alma, a fuga para o Egito, porque Herodes procurava matar o Menino, a perda do Menino Jesus no templo, como o quarta dor, Maria, que encontra-se com Jesus no caminho do Calvário.  Na quinta dor, Maria ao pé da cruz. Na sexta dor, Maria, que recebe o seu filho Jesus descido da cruz. E na sétima dor, que o deposita no santo sepulcro”, explicou o pároco. 

Inspirada pela força de Nossa Senhora, Marisa também renova a sua fé. “A gente se inspira nela, o sofrimento que ela teve, ela dá muita força pra gente”, afirmou a aposentada, Marisa Santos de Souza. 

“Maria, ao participar das dores, é associada também à obra da redenção, porque justamente suas dores são fruto do seu sim, fruto também da sua fidelidade a Cristo e ao projeto do Pai”, concluiu frei Moisés.

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