É costume de muitos, ao visitarem o Santuário Nacional de Aparecida, dirigirem-se à primeira basílica de Nossa Senhora. São quase 140 anos de história de um templo que continua marcando a vida dos devotos da Padroeira do Brasil.
Emerson Tersigni e Ederaldo Paulini foram até lá.
No alto da rua Monte Carmelo, cercada de empreendimentos que retratam a economia local, a histórica basílica dedicada à Padroeira do Brasil.
Tudo começou de forma humilde, como Maria. Com o crescimento da devoção à Santinha, encontrada nas águas do Paraíba, foi preciso a construção de uma Igreja para melhor receber os romeiros. “Esse local guarda muitas histórias. É a primeira igreja, vamos dizer assim, maior, né, que Nossa Senhora teve e onde recebeu assim muitos peregrinos”, disse o missionário redentorista, padre Lucas Emanuel de Almeida.
Comparado ao grande Santuário que estamos acostumados, a Basílica Velha é pequena. Mesmo assim, quem vem até aqui se sente em casa. Afinal, no coração da Mãe sempre cabe mais alguém. “É um local de se abastecer. E a imagemzinha que ficava guardada aqui, atrai os olhares dos romeiros e daqui eles partem para lá para fazerem a peregrinação completa, vamos dizer assim, na companhia de Nossa Senhora”, retomou o padre.
“Eu já tenho mais de 50 anos que eu frequento aqui e sou devota de Nossa Senhora desde 2001 que eu que eu contribuo. E é tudo isso, é família, é muita emoção, muita gratidão”, expressou a peregrina de Dores do Turvo(MG), Ângela do Nascimento.
“Aqui tem uma história, eu tava olhando os arabescos, da arquitetura. Então isso faz parte da história. E eu registro, acho que isso aqui é um é 1818. Fico pensando assim, como era as pessoas aquela época, como elas viviam, como que elas se emocionavam, assim como a gente se emociona?”, refletiu a peregrina de Porto Velho(RS), Ivanilde de Azevedo.
Em 1893, a então Igreja de Monte Carmelo tornou-se o primeiro Santuário dedicado à Nossa Senhora Aparecida. E em 1908, o então Papa Pio X, hoje santo, elevou esta Igreja à dignidade de Basílica Menor. De gerações em gerações, este templo tem vivido um constante Magníficat. Por Maria, o Todo Poderoso, fez maravilhas.
“Eu vejo aqui a Basílica Histórica como um local de um grande depósito da fé, vamos dizer assim, onde a gente entra e sai renovado, não é?”, concluiu padre Lucas. Misto de fé e de saudade, de um tempo que passou, mas que a fé permitiu que se eternizasse, não por uma simples imagem, mas por um sim.
