Oito anos após sua independência, o Sudão do Sul ainda sofre com uma das piores crises humanitárias no mundo
Da redação, com Vatican News
Nesta quarta-feira, 10, a Conferência dos Bispos da Itália (Conferenza Episcopale Italiana, “CEI”, em italiano) anunciou a doação de um milhão de euros ao Sudão do Sul. Pelo quarto ano consecutivo, a CEI doou uma parte de seus fundos para fornecer ajuda, além de suporte a atividades geradoras de renda, reconstrução e apoio a processos de reconciliação em todo o país.
A Conferência doou uma parte do seu “oito por mil”, procedimento da lei tributária italiana que funciona da seguinte maneira: oito décimos de um por cento das declarações fiscais italianas são distribuídos a religiões organizadas ou programas de assistência social dirigidos pelo Estado italiano.
Crise humanitária
Um comunicado à imprensa da Cáritas italiana informou que oito anos após a declaração de independência do Sudão, o país ainda sofre uma das piores crises humanitárias do mundo. Sete milhões de pessoas se encontram sem comida. Algumas regiões encaram o risco da fome. Mais de 1,9 milhão de pessoas estão deslocadas, enquanto aproximadamente outras 2,3 milhões fugiram para países vizinhos. Ainda que acordos de paz tenham sido firmados, a violência contra civis, seja por forças militares ou milícias, continua em diversas partes do país.
Apelo do Papa Francisco
Em um encontro com líderes sudaneses em abril deste ano, o Papa Francisco disse que é necessário um compromisso mais corajoso “para que o fogo da guerra seja extinto de uma vez por todas” e que “as divisões políticas e étnicas” possam ser superadas.
Ao anunciar a doação, a Caritas Italiana, em colaboração com a rede mundial da Caritas Internationalis e outras organizações, uniu-se ao apelo do Santo Padre e dos Bispos do Sudão do Sul para que a guerra chegue ao fim e que os esforços de construção da paz possam começar.