Combate à fome: Santa Sé ressalta inteligência de jovens agricultores

Representante da Santa Sé junto à FAO falou, no final da conferência organizada pelo Vaticano, sobre a contribuição dos jovens para a segurança alimentar do planeta

Da Redação com Vatican News

Jovem trabalhando na colheita de maçã. / Foto: Zen Chung -Pexels

Os jovens agricultores têm a inteligência para acabar com a fome no mundo. Em síntese, esse foi o encorajamento de Dom Fernando Chica Arellano ao final da conferência organizada pelo Vaticano sobre a contribuição dos jovens para a segurança alimentar do planeta. 

“Jovens e agricultura: olhando para o futuro com esperança” é o tema do evento realizado na sede da FAO em Roma, nesta terça-feira, 28. A conferência é promovida pelo órgão vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e a Comissão do Vaticano Covid-19. Também foi organizado pelo movimento Economia de Francisco e pelo Fórum de Roma das ONGs de inspiração católica, assim como pela Representação Permanente da Santa Sé junto às agências da ONU ligadas com a sustentabilidade alimentar.

A Conferência teve o objetivo de destacar as iniciativas empreendidas por grupos de jovens em todo o mundo: do Brasil à Irlanda, Burkina Faso, Quênia, Uganda e Zâmbia.

Uma das finalidades é garantir alimentos saudáveis para todos, e promover um futuro próspero e pacífico no qual ninguém seja deixado para trás.

Oportunidade importante para crescer

Dom Chica é o observador permanente da Santa Sé junto à FAO (Órgão da ONU para alimentação e agricultura), IFAD (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola) e PAM . Segundo ele, para a Santa Sé, esses jovens desempenham um papel fundamental e devem ser, antes de tudo, protegidos, acompanhados e encorajados. 

Os jovens, reiterou Dom Arellano, devem ser “cuidados”, porque sua criatividade e ideais devem ser protegidos, antes de tudo, “desta onda de pessimismo e alarmismo gerada pelas numerosas e persistentes crises que estamos vivenciando”. 

Como o Papa Francisco lembra com frequência, as crises podem, de fato, ser “uma oportunidade importante para crescer” e sair melhor delas, ressalta o bispo.  O importante é reconhecer e buscar a verdade, e os jovens devem ser educados para isso, “a fim de contribuir para a construção de um mundo mais justo e mais humano”.

Acompanhar e encorajar os jovens a participar

O bispo enfatizou ainda que, assim como o agricultor sabe a importância da paciência e espera na colheita, do mesmo modo é necessário “acompanhar os jovens”. Isso é preciso para que eles possam desencadear seu potencial em tempo hábil, garantindo-lhes uma formação e ensinando-lhes um ofício. Assim, o objetivo é que possam garantir um futuro digno para eles, suas famílias e a sociedade como um todo”. 

É por isso que eles também devem ser “encorajados” a participar, já no presente, de formas de cidadania ativa. De fato, os jovens “têm a inteligência necessária para nos ajudar a extinguir a fome de nosso planeta”, frisou. 

O bispo explicou que os jovens, de fato, são amigos do realismo, da concretude, e devem ser sujeitos de uma ação que contribui ativamente para reduzir a pobreza, no sentido mais amplo da palavra. “Qualquer reserva neste aspecto seria como “cortar as asas do futuro” e “dificultar a continuação natural das relações humanas”, concluiu. 

 

 

 

 

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